Uma semana após atentados, população se mobiliza em bares e nas ruas da França
Nesta sexta-feira (20), uma semana após os atentados que deixaram 130 mortos em mais de 350 feridos em Paris, a população sai às ruas para protestar contra o terrorismo. Milhares de pessoas manifestaram em cidades do interior da França e na capital muita gente foi aos cafés e restaurantes. Os moradores se mobilizam para mostrar que não vão ceder ao terror.
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Enquanto os familiares das vítimas ainda tentam superar o trauma dos piores atentados sofridos pela França, uma parte da população respondeu ao chamado feito pela internet e decidiu sair às ruas nesta sexta-feira, uma semana após os ataques. Graças a uma mobilização organizada pelas redes sociais, principalmente via twitter, com hashtag como #Tousaubistrot (todos no bistrô), alguns terraços de cafés e restaurantes ficaram cheios durante a noite, apesar do tempo chuvoso.
“Vamos brindar o fato de estarmos vivos”, celebra a estudante Tiphaine Carron, reunida com amigas na calçada do Café Clochette, a apenas alguns metros do Carillon, um dos alvos dos terroristas na semana passada. Mesmo clima no bar Petit Baïona, na rue de Charonne, palco de outro ataque. “Trabalhamos aqui perto e estamos acostumados a vir nesse local. Não temos medo”, disse o arquiteto Michael Steinhart, que perdeu amigos atingidos pelos tiros no bar vizinho, La Belle Equipe.
O técnico em informática Stéphane Riondy também se reuniu com colegas em um bar na esquina dos boulevards Voltaire e Richard Lenoir, quase em frente ao Bataclan, onde mais de 100 pessoas foram mortas. “Si ficarmos trancados em casa será o fim. E é isso que eles esperam”, declarou, em alusão aos terroristas.
Religiões se unem contra o terrorismo
Manifestações contra o terrorismo também foram organizadas nas ruas de outras cidades francesas. Uma marcha interreligiosa reuniu cerca de 2 mil pessoas em Bordeaux (sudoeste) e pelo menos 5 mil pessoas cantaram juntos a Marselhesa, o hino nacional francês, em um desfile em Rouen (noroeste).
O Conselho francês do culto muçulmano (CFCM) propôs que um texto condenando os ataques fosse lido nesta sexta-feira, dia sagrado para o Islã, em 2.500 mesquitas. Uma grande manifestação também estava prevista em Paris, mas foi cancelada por motivos de segurança.
(Com informações da AFP)
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