Apesar de enviar ajuda, governo francês mantém linha dura sobre migrantes de Calais
O ministro francês da Interior, Bernard Cazeneuve, visitou a região de Calais, no norte da França, onde cerca de 6 mil migrantes estão acampados há dias. O representante do governo anunciou o aumento a capacidade de acolhimento de urgência para mulheres e crianças, mas prevê também o envio de mais de 400 policiais para garantir a segurança do local, que ficou conhecido como “a selva”.
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Com informações de Alice Pozycki, enviada especial da RFI a Calais
Em sua sétima visita a Calais em apenas 18 meses, o ministro francês manteve sua postura diante da situação dos migrantes : uma política firme, mas humana. “Com a chegada do inverno, o acolhimento é uma urgência”, disse Cazeneuve.
Um acampamento equipado, com capacidade para acolher 1500 pessoas, deve ser montado até o fim do ano. Já as mulheres e crianças devem abrigados ainda esta semana, segundo o ministro. Mas Cazeneuve insiste que o objetivo principal é que os migrantes deixem “selva” de Calais. O local se tornou uma verdadeira favela a céu aberto, onde cerca de 6 mil pessoas acampam enquanto tentam atravessar clandestinamente o canal da Mancha para chegar no Reino Unido.
Centros de acolhimento e de orientação também serão abertos em outras regiões francesas. “Os migrantes que recusarem essa oportunidade e que continuarem tentando perigosa travessia para o Reino Unido estarão expostos a sanções penais ou serão expulsos do território francês. O Estado deve ouvir suas necessidades, mas também deve se mostrar firme”, disse o ministro.
Envio de mais policiais
Para Cazeneuve, humanidade e segurança devem ser combinados com segurança. Por essa razão o representante do governo também anunciou o envio de 460 policiais a Calais a partir desta quinta-feira (22) para reforçar os contingentes que já atuam na região. “No total, 1.125 funcionários vão garantir a segurança e lutar contra a intrusão e a imigração irregular”, explicou o ministro.
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