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Economia/França

Governo quer penas severas para os agressores de executivos da Air France

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, prometeu nesta terça-feira (6) "sanções duras" para os agressores responsáveis pela violência contra diretores da Air France. Ele também fez um apelo para os pilotos assumirem suas responsabilidades em relação ao plano da empresa, que prevê o corte de milhares de empregos nos próximos anos.

O Diretor de Recursos Humanos,  Xavier Broseta, saiu da empresa sem camisa depois de ser agredido na reunião com representantes dos trabalhadores.
O Diretor de Recursos Humanos, Xavier Broseta, saiu da empresa sem camisa depois de ser agredido na reunião com representantes dos trabalhadores. REUTERS/Jacky Naegelen
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O primeiro-ministro se encontrou no final da manhã na sede da Air France, em Roissy, com os dois executivos agredidos na segunda-feira (5) durante uma reunião entre representantes da empresa e dos trabalhadores.

As imagens do diretor de Recursos Humanos da companhia aérea, Xavier Broseta, e do Diretor de RH dos voos de longa distância, Pierre Plissonier, com as roupas rasgadas fugindo da revolta dos funcionários viralizaram na internet. Manuel Valls indicou que as cenas vistas no mundo todo prejudicam a imagem da França. O premiê disse que os atos foram cometidos por "vândalos" e os autores merecem punições severas.

Agressões inaceitáveis

O presidente francês, François Hollande, qualificou as agressões de "inaceitáveis" e expressou o temor de que os atos tenham “consequências para a imagem e para a atratividade" da França.

O chefe de Estado disse esperar um "diálogo responsável" entre a direção da companhia aérea e os representantes sindicais. Diversas queixas foram prestadas pela Air France e por cinco executivos, de acordo com a direção da empresa. A procuradoria de Bobigny, nos arredores de Paris, abriu uma investigação.

Além do processo penal, o CEO do grupo Air France-KLM, Alexandre de Juniac, anunciou a abertura de uma investigação disciplinar. Ele não indicou se os autores das agressões foram identificados.

O Estado francês tem 17% do capital da companhia aérea francesa. O primeiro-ministro disse que o governo vai assumir todas as suas responsabilidades na crise atual da Air France, mas adiantou que a solução deve partir da própria empresa.

Plano com milhares de demissões

A direção da Air France anunciou um plano alternativo que prevê a supressão de até 2.900 postos de trabalho nos próximos três anos, a maior parte de funcionários em terra. O programa de reestruturação prevê ainda a retirada de 14 aviões de sua frota e o fechamento de cinco trajetos na Ásia.

A empresa justifica que precisa promover mudanças e cortar gastos para se tornar mais competitiva e enfrentar a concorrência. Os sindicatos querem evitar cortes de pessoal e os pilotos denunciam o fracasso no diálogo sobre o futuro da categoria.

As negociações entre direção e representantes sindicais foram interrompidas e até a tarde desta terça-feira não tinham data para serem retomadas.
 

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