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França/ terrorismo

Ministro chora em enterro de empresário decapitado na França

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, não conseguiu conter as lágrimas ao participar do enterro do empresário francês Hervé Cornara, decapitado na sexta-feira passada (26). Cornara foi morto por um de seus funcionários, Yassin Salhi, em um atentado terrorista cometido em uma fábrica de gás industrial de Saint-Quentin-Fallavier, no sudeste da França.

Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, não conteve as lágrimas durante cerimônia de enterro do empresário Hervé Cornara.
Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, não conteve as lágrimas durante cerimônia de enterro do empresário Hervé Cornara. BFMTV
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O sepultamento ocorreu na cidade de Fontainres-sur-Saône, perto de Lyon. Muito emocionado, o ministro do Interior assistiu à cerimônia, realizada na igreja Saint-Roche. Cerca de 300 pessoas participaram da homenagem, inclusive o líder muçulmano da região de Lyon, Kamel Kabtane.

“Nenhum de nós pode aceitar que a barbárie mais abjeta venha colocar um fim a uma vida tão bela, tão densa, inspirada somente no amor ao próximo”, afirmou Cazeneuve. Hervé Cornara, de 54 anos, era muito conhecido no bairro popular de Marronniers, onde ele era presidente da associação de locatários de um condomínio.

O ministro ressaltou que o espírito de união dos franceses, que marcou os dias após os atentados de janeiro contra o jornal Charlie Hebdo, “deve permanecer marcando do nosso país”. “Milhões de franceses nos disseram ‘eu sou Charlie’, ‘eu sou policial’, ‘eu sou judeu’. Hoje, todos esses franceses estão de luto por Hervé Cornara.”

Entre lágrimas e respiração ofegante, a viúva, Laurence, fez um discurso que emocionou os presentes. Ela agradeceu aos bombeiros que conseguiram dominar Yassin Salhi logo depois do atentado, enquanto o autor do ataque tentava provocar uma grande explosão na usina. “A minha última mensagem vai para os dirigentes do povo francês: eu imploro para que isso nunca mais se repita”, disse.

Crime chocante

O corpo da vítima foi encontrado no banco do carona da caminhonete usada pelo suspeito para realiza o ataque. A cabeça foi colocada no alto de uma grade, enrolada em bandeiras islamitas. Com o veículo, Salhi se chocou contra botijões de gás da usina, causando pequenas explosões.

O suspeito confessou o crime e foi indiciado por assassinato em relação com um ato terrorista. Os investigadores mantêm a tese de um ataque islâmico, apesar de o acusado negar qualquer motivação religiosa.

(com informações AFP)
 

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