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França/Julgamento

Strauss-Kahn diz que não pagava por prostitutas que participavam de orgias

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e outras 13 pessoas começaram a ser julgados nesta segunda-feira (2) por acusação de "proxenetismo com agravante de grupo organizado", ou seja, de explorar uma rede de prostitutas do norte da França. DSK, como é chamado pelos franceses, chegou ao tribunal de Lille cerca de meia hora antes da abertura do julgamento, mas não falou com a imprensa.

Chegada de Dominique Strauss-Kahn (centro) ao tribunal de Lille.
Chegada de Dominique Strauss-Kahn (centro) ao tribunal de Lille. REUTERS/Pascal Rossignol
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Entre os réus estão empresários, um advogado, um policial e o dono de uma boate de sexo na Bélgica. Eles teriam participado de festas com prostitutas aliciadas mediante pagamento. Algumas orgias foram contratadas pelo Relações Públicas do hotel Carlton de Lille, o que acabou dando nome ao escândalo.

O caso estourou logo depois do incidente no hotel Sofitel de Nova York, em maio de 2011, em que Strauss-Kahn foi denunciado pela agressão sexual a uma camareira.

Em entrevistas antes do julgamento, Strauss-Kahn disse não entender do que é acusado. Ele afirma que nunca pagou pelas mulheres. Em sua defesa, o economista afirma que era adepto da libertinagem, mas não de prostitutas. Ele insiste que as mulheres faziam sexo com ele porque eram partidárias de orgias. Se houve pagamento, foram os amigos, diz Strauss-Kahn.

O ex-político socialista, que chegou a ser cotado para a presidência da França, é defendido por três advogados renomados. A defesa denuncia um processo de "motivação ideológica, política e moral". Para os advogados de DSK, a justiça de Lille confunde o direito penal com uma questão moral.

Juiz pediu arquivamento do caso

O juiz que instruiu o processo estimou que não havia elementos suficientes para indiciar Strauss-Kahn. Mas a promotoria sustenta a tese que a rede de prostituição do Carlton de Lille foi criada para servir ao francês.

O depoimento de Strauss-Kahn está previsto para a semana que vem. O julgamento vai durar três semanas e, se houver condenação, as penas podem chegar a 10 anos de prisão e multa de € 1,5 milhão (R$ 4,5 milhões).

As revelações mais interessantes podem vir de quatro ex-garotas de programa, que querem prestar depoimento mas a portas fechadas. Elas devem se constituir parte civil no processo.

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