Justiça abre inquérito por publicação de fotos de Julie Gayet
A justiça francesa aceitou finalmente a queixa de Julie Gayet, suposta amante do presidente François Hollande, contra a revista de celebridades Closer. A atriz acusa a revista de “invasão de privacidade”, após a publicação no dia 17 de janeiro de fotos dela dirigindo um carro. A informação foi revelada nesta terça-feira (4) pelo jornal Le Monde. A publicação de fotos pela Closer revelando o suposto caso entre Julie Gayet e François Hollande, no dia 10 de janeiro, provocou a separação do presidente de sua companheira, Valérie Trierweiler.
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Julie Gayet pede na Justiça 50 mil euros de indenização e 4 mil euros de gastos processuais pela “invasão de sua privacidade” pela Closer. A atriz também exige a publicação da eventual sentença de condenação na capa da revista de celebridades. A queixa foi feita discretamente no Tribunal de Nanterre, periferia de Paris, no final de janeiro informou o jornal Le Monde.
Publicação
Julie Gayet processa a Closer pela publicação de uma série de fotos da atriz dirigindo seu carro, um Citroën branco. Para seus advogados, a revista feriu o artigo 226 do código penal francês ao mostrar fotos dela, sem autorização, dentro do carro, um local considerado privado. Os investigadores já teriam entrado em contato com a atriz.
As primeiras fotos de Julie Gayet e do presidente François Hollande, publicadas pela Closer no dia 10 de janeiro, mostravam os dois separadamente e no espaço público. Segundo o Le Monde, pela jurisdição francesa, essa primeira publicação não fere a legislação sobre a proteção da vida privada.
Esse inquérito penal é diferente do processo na vara civil que opõe a atriz à revista Closer e deve ser julgado no próximo dia 6 de março, também no Tribunal de Nanterre.
François Hollande
O presidente François Hollande não entrou na Justiça. Durante coletiva à imprensa, em 14 de janeiro, após a revelação do escândalo, ele declarou “sua profunda indignação” com a publicação das fotos pela Closer. Mas explicou que, como é protegido por uma imunidade durante seu mandato, não deseja atacar a revista na Justiça, como fez o ex-presidente Nicolas Sarkozy várias vezes, entre 2007 e 2012.
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