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França/crise hospitalar

Parto dramático em rodovia francesa reabre debate sobre crise hospitalar

Uma mulher de 35 anos perdeu a filha ao dar à luz em plena rodovia a caminho da maternidade mais próxima, a mais de uma hora de distância, no departamento do Lot (sudoeste da França). O drama reacendeu as críticas e o debate nacional sobre a falta de hospitais na zona rural do país.

Drama reacende discussão na França sobre falta de hospitais.
Drama reacende discussão na França sobre falta de hospitais. Bruce Forster /Getty Images
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A região do Lot, com 170 mil habitantes tem apenas uma maternidade. Uma outra, mais perto de onde morava a parturiente, foi fechada em 2009 por não alcançar pelo menos 300 partos por ano. Na ocasião, muitos médicos e agentes hospitalares alertaram para os riscos que a penúria de hospitais poderia provocar.

A moradora do vilarejo de Lacapelle-Marival, grávida de sete meses, teve de decidir entre três maternidades, todas a mais de uma hora de estrada. No caminho para uma delas, acompanhada de seu marido, ela acabou dando à luz e perdeu a criança.

O presidente francês, François Hollande, ordenou um inquérito administrativo para conhecer as circunstâncias da morte da recém-nascida. “Nenhum francês pode estar a mais de 30 minutos de distância de um serviço de emergência”, declarou o presidente. “Esse drama nos lembra que, mais uma vez, não é possível aceitar esse tipo de deserto hospitalar”.

A coordenação nacional para a defesa de hospitais e maternidades locais critica o caráter “nefasto” da política de reagrupar maternidades, aumentando as distâncias e dificultando o acesso. Segundo o presidente da coordenação, Michel Antony, em entrevista ao jornal Le Parisien, “dois terços das maternidades na França foram fechadas nos últimos 20 anos”.
 

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