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França/Crise

Hollande enfrenta trabalhadores nas ruas em defesa do emprego

O presidente francês, François Hollande, enfrentou nesta terça-feira protestos de trabalhadores cobrando medidas de proteção dos empregos. O movimento de advertência contra o governo socialista foi convocado pela maior central sindical francesa, a CGT (Confederação Geral do Trabalho), que conta com 525 mil associados.

O presidente da França, François Hollande, enfrenta protesto nas ruas de Paris.
O presidente da França, François Hollande, enfrenta protesto nas ruas de Paris. REUTERS/Christian Hartmann
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As passeatas reuniram milhares de trabalhadores nas ruas das principais cidades francesas. O presidente da CGT, Bernard Thibault, considerou os protestos "um sucesso" antes mesmo de conhecer o número de participantes. "O poder público e o patronato precisam entender que não é possível deixar tudo para as negociações setoriais", afirmou o sindicalista. O governo precisa adotar rapidamente uma lei proibindo as empresas que dão lucro de demitir trabalhadores", disse ele. Thibault denunciou a atitude dos empresários "que pressionam o governo a aceitar demissões devido à conjuntura morosa da economia e o governo aceita". 

A passeata em Paris contou com um número expressivo de trabalhadores de uma unidade siderúrgica da ArcelorMittal, de Florange, no leste do país, que cessará suas atividades em dois meses. Revoltados com a perspectiva de desemprego numa região afetada pela desindustrialização, os trabalhadores da ArcelorMittal repetiam revoltados a palavra de ordem que ouviam nos megafones: "Hollande, que moleza é essa?"

Um grupo de manifestantes que tentou entrar no Salão do Automóvel de Paris foi alvo de bombas de gás lacrimogênio lançadas pela polícia. Os trabalhadores, representantes de várias empresas do setor automobilístico, queriam protestar contra a demissão anunciada de 8 mil trabalhadores da montadora PSA Peugeot Citroen, mas foram rechaçados pela polícia.

A mobilização convocada pela CGT também prejudicou as atividades nos portos de Havre e Marselha, onde os estivadores declararam uma greve de 24 horas.

Em agosto, o desemprego superou o patamar de 3 milhões de trabalhadores na França.

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