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França/ Toulouse

Vizinhos do atirador de Toulouse ainda não receberam indenizações

Os moradores da rua prédio onde o atirador de Toulouse Mohamed Merah foi cercado pela polícia francesa, em março, reclamam que até hoje não conseguiram indenizações para reparar os danos causados pelo tiroteio que resultou na morte do suspeito de terrorismo. Diversos apartamentos e veículos foram danificados por tiros e explosivos, no dia 22 de março.

Prédio oonde ocorreu o cerco a Mohamed Merah, em Toulouse.
Prédio oonde ocorreu o cerco a Mohamed Merah, em Toulouse. REUTERS/Jean-Philippe Arles
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Cerca de 15 moradores das redondezas se uniram para pedir mais agilidade na liberação do dinheiro, para poderem consertar os estragos nas paredes ou nos carros que estavam estacionados na rua durante a ação policial, que durou 32 horas. Merah foi morto depois de reagir à abordagem policial realizada pelo batalhão de elite francês, o Raid. Ele era o principal suspeito de realizar dois ataques que resultaram na morte de três crianças, um professor e três militares, em Toulouse e Montauban, no sudoeste da França.

Os habitantes reclamam da burocracia na concessão das indenizações, quatro meses depois de iniciarem os pedidos. Segundo eles, as requisições se intercalam entre governo, seguradoras e administradoras dos imóveis. Há ainda casos de famílias que arcaram com despesas com psicólogos, embora o Estado francês tenha prometido bancar este serviço. Outros receberam uma conta em casa após terem usufruído dos serviços. “Nós precisamos batalhar por cada detalhe”, reclama uma das habitantes, Florence, 41 anos.

Ontem, o governo rebateu parcialmente as acusações. A administração regional de Haute-Garonne lembrou que colocou à disposição da vizinhança um serviço de acompanhamento psicológico e para questões administrativas, como explicações sobre o procedimento a ser efetuado para receber uma indenização, que pode ser obtida através das seguradoras ou do Ministério da Justiça. Segundo as autoridades, 21 pedidos de compensação financeira foram enviados ao ministério: dois foram recusados, dois aprovados e 15 permanecem em análise.

Quatro famílias já deixaram o imóvel e outras colocaram seus apartamentos à venda. “O problema é que quando os compradores vem que é o ‘prédio do Merah’, vão embora na hora. Nem querem subir”, contou a síndica do prédio, sob anonimato.
 

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