Número de mulheres eleitas bate recorde na nova Assembleia francesa
O Partido Socialista (PS) do presidente francês, François Hollande, e seus aliados conquistaram a maioria absoluta das vagas na Assembleia Nacional francesa, elegendo 314 deputados dos 577 que compõem o plenário, segundo resultados definitivos divulgados pelo Ministério do Interior. A direita, unida, terá 229 cadeiras e a extrema-direita voltará ao plenário com três deputados, dois deles do partido populista Frente Nacional. O número de mulheres eleitas bateu recorde: 155 deputadas.
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O segundo turno das eleições legislativas deste domingo na França foi marcado por uma vitória arrasadora da esquerda. Esta é a primeira vez que os socialistas conseguem uma votação tão expressiva desde 1981, quando o ex-presidente François Mitterrand assumiu o poder. A esquerda ampliada com os eleitos ecologistas e os radicais chega a 343 deputados.
Pela primeira vez na história do país, a esquerda terá plenos poderes institucionais pois já domina o Senado, as principais regiões administrativas e prefeituras das grandes cidades francesas, e agora consolidou a maioria na Assembleia. Outro dado sem precedentes: pela primeira vez, 151 mulheres foram eleitas deputadas, contra 107 na legislatura anterior. Pelo menos uma centena delas se elegeu pelo PS.
Com a vitória de hoje, Hollande não precisará do apoio dos ecologistas nem da esquerda radical para aprovar os projetos que pretende começar a enviar ao Parlamento em julho, como a reforma fiscal que deve melhorar a competitividade da indústria francesa e reduzir o déficit público. Hollande também ficou mais forte para negociar com os vizinhos a crise do euro e mudanças nos tratados europeus.
O partido de extrema-direita Frente Nacional volta ao parlamento francês após 14 anos de ausência com dois deputados eleitos, incluindo a mais jovem parlamentar da casa, Marion Marechal Le Pen, de 22 anos, neta de Jean-Marie Le Pen. A atual líder do partido populista, Marine Le Pen, tia de Marion, foi no entanto derrotada. Outras personalidades barradas nas urnas foram Ségolène Royal, ex-mulher do presidente Hollande e candidata derrotada nas presidenciais de 2007, o centrista histórico François Bayrou, o ex-ministro da Cultura Jack Lang e o ex-ministro do Interior de Sarkozy e artífice das políticas de imigração Claude Guéant.
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