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Eleições / França

François Hollande negocia formação de novo governo

No dia seguinte à eleição de François Hollande à presidência da França, os principais nomes do Partido Socialista disputam os cargos mais importantes do novo governo. Desde a manhã desta segunda-feira o presidente eleito, que assume o cargo no próximo dia 15, realiza uma série de reuniões para discutir a composição de sua futura equipe de governo.

O presidente do grupo socialista na Assembleia, Jean-Marc Ayrault, é o nome mais cotado para ser o próximo primeiro-ministro da França.
O presidente do grupo socialista na Assembleia, Jean-Marc Ayrault, é o nome mais cotado para ser o próximo primeiro-ministro da França. REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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Durante a campanha, Hollande se manteve muito discreto sobre os nomes dos integrantes do futuro executivo, pois não queria dar a impressão de que os socialistas já estavam dividindo os cargos antes mesmo de ganharem a eleição.

Agora ele terá que primeiro escolher seu primeiro-ministro, com quem deverá em seguida compor um governo levando em conta a prometida paridade entre homens e mulheres, as tendências internas do Partido Socialista e a integração dos partidos aliados já preparando-se para as eleições legislativas de 10 e 17 de junho.

Já que a esquerda não esteve mais no poder desde o governo do primeiro-ministro socialista Lionel Jospin (1997-2002), o futuro executivo deverá incluir várias personalidades políticas mais jovens, o que provavelmente provocará algumas decepções entre os socialistas mais antigos.

Por enquanto, o líder dos socialistas na Assembléia Nacional, Jean-Marc Ayrault, é o favorito para se tornar primeiro-ministro de Hollande. Amigo de longa data do candidato, Ayroult é deputado por Nantes e passou a ser visto como favorito a comandar o governo depois que Holande afirmou que o premiê será “alguém que conhece bem os deputados, o partido e também que me conheça bem”.

O deputado responde a todos os requisitos, ao contrário de Martine Aubry, secretária-geral do PS, com quem Hollande tem divergências marcantes. A vitória dos socialistas por uma pequena margem de votos (51,62%) é outro fator que pode determinar a escolha de um primeiro-ministro com perfil mais moderado, é outro ponto contra Aubry, que integra a linha mais à esquerda do partido.

Um azarão na disputa pelo cargo é Manuel Valls, que teve um papel muito importante na campanha de François Hollande como diretor de comunicação, mesmo se ele é mais citado como um forte candidato ao cargo de ministro do Interior.

Para o restante do governo, nomes prováveis para ocupar a pasta das Relações Exteriores são o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius, o ex-ministro das Relações Europeias Pierre Moscovici e o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, além da própria Aubry. Socialistas próximos a Hollande, como seu conselheiro Michel Sapin e o deputado europeu Vincent Peillon também devem parte do governo.

Arnaud Montebourg, representante da ala esquerda do Partido Socialista e partidário de um protecionismo europeu, poderia ser encarregado da "reindustrialização" do país, uma prioridade do novo presidente.

A ex-companheira de Hollande, Ségolène Royal, não deve integrar o governo, mas visa a presidência da Assembleia Nacional.

O presidente eleito deverá também abrir espaço aos partidos aliados, como os ecologistas. O líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, e seus aliados comunistas já declararam que não participariam a um governo socialista.

 

 

 

 

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