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Paris/ataques

Investigações sobre ataques em Paris se voltam para a Bélgica, reduto jihadista

Dois franceses que residiram em Bruxelas, um deles no bairro de Molenbeek, estão entre os autores dos ataques mortais de sexta-feira à noite em Paris, afirmou neste domingo (15) a procuradoria federal belga, acrescentando que eles "morreram no local". Apesar de pequena, a Bélgica é o país europeu com mais voluntários jihadistas.

Polícia em ação em Molenbeek-Saint-Jean, na Bélgica, após os atentados de Paris.
Polícia em ação em Molenbeek-Saint-Jean, na Bélgica, após os atentados de Paris. AFP PHOTO / BELGA / JAMES ARTHUR GEKIERE
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Além disso, "dois automóveis matriculados na Bélgica" foram encontrados pelos investigadores franceses, "um próximo à casa de espetáculos Bataclan e o outro perto do cemitério parisiense Père Lachaise", explica a procuradoria. A investigação demonstrou que esses dois veículos foram alugados "no início da semana na região de Bruxelas.

"Uma pessoa que alugou um dos veículos foi interpelada em Cambrai (norte da França), em 14 de novembro às 9h10 na estrada A2 em direção à Bélgica. Em seguida, o carro foi interceptado em Molenbeek-Saint-Jean ontem no final da tarde", explicou a procuradoria.

Mais sete pessoas detidas na Bélgica

No total, sete pessoas foram presas na Bélgica desde sábado em conexão com os atentados. A polícia belga também realizou ontem buscas em Molenbeek. "As peças apreendidas estão sendo analisadas", segundo a procuradoria.

Desde os primeiros momentos "as autoridades judiciárias belgas e francesas colaboram ativamente entre si. Para acelerar o intercâmbio de informações, decidiram criar uma equipe de investigação conjunta. Investigadores franceses estão atualmente em Bruxelas", indicou ainda.

A pequena Bélgica, reduto de jihadistas

A Bélgica, pequeno país de 11 milhões de habitantes é, na Europa, o que conta com o maior número de voluntários que se juntaram aos jihadistas na Síria e no Iraque em proporção à sua população.

Foram identificados 494 "jihadistas" belgas: 272 estão na Síria ou no Iraque, 75 são dados como mortos, 134 retornaram e 13 estão voltando, de acordo com os serviços de segurança.

Apesar do reforço da sua legislação antiterrorismo, do desmantelamento de canais de recrutamento e células terroristas desde a década de 1990, a Bélgica continua a ser um refúgio relativamente seguro para os jihadistas.
 

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