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Crise Migratória

Para premiê da Hungria, refugiados ameaçam “raízes cristãs” da Europa

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, alertou os dirigentes europeus nesta sexta-feira (4) de que o fluxo de migrantes é “inesgotável” e que os europeus podem, no futuro, ser minoritários em seu próprio continente. Para o premiê, o fluxo que hoje é de milhares de pessoas pode se tornar milhões até o final do ano e representa um risco para as “raízes cristãs” da Europa.

Refugiados retidos na estação de trens de Budapeste.
Refugiados retidos na estação de trens de Budapeste. REUTERS/Laszlo Balogh
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“Temos o direito de decidir não receber um grande número de muçulmanos em nosso país”, declarou Orban. Ele defendeu a decisão de fechar a estação de trens de Budapeste, onde milhares de refugiados aguardam para embarcar rumo à Alemanha.

Segundo o primeiro-ministro, os migrantes não querem ficar na Hungria, mas o governo não pode deixá-los atravessar o país, porque a Áustria pode querer fechar suas fronteiras. O governo húngaro pretende liberar a viagem apenas para os que tiverem vistos.

O Alto-comissário da ONU para os refugiados, Antonio Guterres, defendeu nesta sexta-feira (4) a repartição de pelo menos 200 mil candidatos a asilo entre os países da União Europeia. Segundo ele, diante do afluxo excepcional de refugiados, todos os 28 países membros do bloco devem participar do programa.

Antonio Guterres disse que a única solução para o problema dos refugiados a médio e longo prazos deve ser uma estratégia comum baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança. Ele criticou a maneira pouco digna como os migrantes, especialmente os que fogem de guerras na Síria, Iraque e Afeganistão, são tratados.

Paris, Berlim e Londres

Na quinta-feira (3), Paris e Berlim anunciaram uma proposta comum para acolher os refugiados. O presidente François Hollande e a chanceler Angela Merkel querem uma melhor organização e distribuição igualitária dos refugiados na Europa. Merkel defende um sistema de cotas obrigatórias. O presidente francês evitou o termo, mas disse aceitar um "mecanismo permanente e obrigatório".

Segundo a imprensa britânica, o primeiro-ministro David Cameron, muito criticado pela falta de comprometimento com a crise até agora, poderá anunciar hoje um plano para acolher milhares de refugiados no Reino Unido. O assunto foi discutido em regime de urgência pelo gabinete do chefe de governo.

O governo grego anunciou a criação de um centro de coordenação para organizar a acolhida aos refugiados que chegam em massa ao país. A ONU confirmou hoje que 5.600 migrantes entraram na Macedônia através da Grécia.

 

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