Grécia provoca maior moratória da história do FMI
A Grécia entrou em moratória com o Fundo Monetário Internacional (FMI) à meia-noite desta terça-feira (30) depois de não ter pago a dívida de € 1,6 bilhão à instituição. Isso significa que Atenas não pode mais contar com os recursos da instituição. O Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças dos 19 países da zona do euro, vai discutir hoje, no final da tarde, uma nova proposta do governo grego para tentar sair da crise.
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Em 70 anos de história do FMI, a Grécia tornou-se o primeiro país desenvolvido a dar um calote no órgão, que enfrenta a maior moratória da sua história. Somente países devastados por conflitos violentos ou crises extremas como o Afeganistão, o Sudão e o Zimbábue encontraram-se na mesma situação.
Ontem, Atenas havia informado que não reembolsaria o Fundo, que participou com a União Europeia de dois planos de resgate ao país. O socorro financeiro foi acompanhado de duras medidas de austeridade. No fim do dia, Atenas fez um pedido de última hora para estender o prazo de pagamento.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, informará o Conselho de Administração do calote grego e seu contexto, ou seja, o pedido de Atenas de um novo plano de resgate, o terceiro em cinco anos.
Os problemas do FMI com a Grécia não acabam com a moratória desta terça-feira. O país europeu deve pagar um total de € 5,4 bilhões ao Fundo neste ano, sobre uma dívida total de € 21 bilhões. O próximo pagamento de € 284 milhões está marcado para 1° de agosto.
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