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Europa / Crise

Sarkozy e Merkel discutem estratégia para combater crise

França e Alemanha querem encontrar uma linha em comum para enfrentar a crise do euro. A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy se encontram hoje em Berlim para preparar a nova cúpula da União Europeia, programada para o fim de janeiro. Na pauta da reunião estão o novo pacto fiscal, que prevê regras orçamentárias mais severas na Europa, e o fundo permanente de resgate do euro.

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy se encontram nesta segunda-feira em Berlim.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy se encontram nesta segunda-feira em Berlim. Reuters
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Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

Além de decidir uma estratégia comum, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel devem discutir o novo pacto fiscal, que deve estar pronto até o fim de março, e o fundo permanente de resgate do euro, que deve entrar em vigor em julho de 2012, um ano mais cedo do que o previsto originalmente.

Outro assunto que preocupa é a difícil situação da Grécia, que tenta um acordo para receber o segundo pacote de resgate. Segundo notícias da imprensa alemã, o FMI duvida que Atenas consiga equilibrar suas contas através de seu atual programa de austeridade, o que pode significar a necessidade de novo aumento da ajuda aos gregos.

Um tema que provoca desacordo é a intenção francesa de adotar unilateralmente o imposto sobre operações financeiras, conhecido como taxa Tobin. Sarkozy anunciou na sexta feira que pretende adotar o imposto no país para que Paris sirva de exemplo na Europa. A atitude tem provocado críticas de especialistas do mercado financeiro. Eles afirmam que a medida pode enfraquecer a economia francesa, se o país for o único a adotar a taxa. O assunto será discutido entre os líderes do bloco no dia 30 de janeiro, durante uma reunião do Conselho Europeu.

O presidente francês, que tenta a reeleição, espera que a França e a Alemanha deêm o exemplo para regular o mercado, apesar da rejeição declarada do Reino Unido e da Suécia.

O governo alemão, no entanto, deixou claro que não pretende seguir esse caminho e não cogita implementar essa medida unilateralmente. Os alemães preferem que a adoção de um imposto sobre operações financeiras seja discutida dentro da União Europeia, para ser adotada somente em conjunto.
 

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