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França/ economia

França gastaria 50 bi de euros em agências de eficácia duvidosa

Um relatório da Controladoria Geral de Finanças da França publicado hoje pelo jornal Le Parisien afirma que o Estado francês poderia economizar 50 bilhões de euros em 2012 se cortasse uma série de desperdícios da máquina, através de 1244 agências estatais cuja eficiência é posta em dúvida pelo órgão, ligado ao Ministério das Finanças.

Órgão do Ministério das Finanças apontou desperdícios nos gastos públicos
Órgão do Ministério das Finanças apontou desperdícios nos gastos públicos http://www.economie.gouv.fr
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A controladoria recomenda o fechamento 60 mil postos de trabalho que, conforme o estudo, seriam dispensáveis. Essa é mais impactante das 35 propostas do órgão para o governo francês cortar custos.

“Novos esforços podem se revelar indispensáveis, em um contexto difícil para as finanças públicas”, afirma a instituição, que sugere ao governo enxugar desde agora o gasto de 2 bilhões de euros pelas agências estatais, para conseguir aliviar a dívida do país. O relatório avalia que a questão das agências se transformou em “um problema determinante de gestão e finanças públicas”, afinal representa 20% do orçamento do Estado e do funcionalismo público, num total de 442 830 agentes – um número que aumentou 6% durante o mandato do ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy.

O orçamento destas agências também cresceu 15% durante o governo Sarkozy. O relatório aponta que a remuneração dos empregados e seus dirigentes “chega a níveis elevados”, quando deveriam ser moderados.

Além dos problemas financeiros, a ideia de criação de uma agência sobre uma determinada questão, além da estrutura estatal propriamente dita, é questionada pela controladoria. “A maioria das agências foram criadas de uma forma pontual, sem coerência com o conjunto da estrutura estatal e sem uma reflexão sistemática sobre as consequências para o resto do funcionalismo público”, diz o estudo.

As agências tratam de uma variedade imensa de assuntos jurídicos e administrativos, como saúde, ecologia, cultura, gestão de compras e educação. O órgão avalia que algumas delas são “específicas demais”.
 

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