Taxas de juros para Espanha atingem novo recorde
A alta nas taxas de juros para empréstimos a 10 anos para a Espanha rumavam hoje para novos recordes desde a criação da zona do euro, nos mercados de obrigações. Também os juros cobrados da Alemanha sofreram abalo, depois que a agência Moody’s rebaixou a perspectiva da nota do país.
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Ao meio-dia, a taxa para a Espanha estava em 7,55%, acima do recorde registrado ontem, de 7,44%. Nesta manhã, o país recolheu mais de 3 bilhões de euros com esses índices. Analistas estimam que os temores sobre o país precisar de uma ajuda financeira e a eventual saída da Grécia da zona do euro provocam a alta nos juros. Até agora, o governo do premiê Mariano Rajoy se recusou a evocar a possibilidade de ajuda externa: por enquanto, apenas concordou com a recapitalização bancária, com um montante de aproximadamente 100 bilhões de euros.
O jornal espanhol El Economista de hoje afirma que a Espanha deve recorrer a um "plano de salvamento global" com uma linha de crédito. Caso contrário ela não podera pagar 28 bilhões de euros de dívidas que vencem em outubro.
O ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schauble, recebe hoje a noite o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos. Após a atribuição, pela agência Moody's, de perspectiva negativa à nota soberana do país, ao invés de "estável" - embora permaneça "AAA", a mais alta dos mercados -, as taxas de juros para a Alemanha também sofreram abalos e estavam em 1,23%, contra 1,17% ontem.
Enquanto isso, representantes da troika, que reúne os credores da Grécia (União Europeia, Banco Central europeu e FMI), voltam ao país para analisar as contas públicas e fazer um balanço das reformas econômicas necessárias para que a Grécia continue a receber a ajuda financeira internacional.
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