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Itália / Crise

Moody's rebaixa nota da Itália e Bruxelas critica decisão

A agência de notação Moody's reduziu em dois níveis a nota dos títulos do governo da Itália, de "A3" para "Baa2" e manteve a perspectiva negativa para o país, o que significa que novos rebaixamentos não estão descartados em breve.

Agência Moody's rebaixa nota da Itália em dois níveis
Agência Moody's rebaixa nota da Itália em dois níveis REUTERS/Mike Segar/Files
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Mood'ys avalia que a nova classificação deve ser justificada pelo fato de que a Itália sofre com o aumento dos custos de financiamento.Nesta sexta-feira, por exemplo, a taxa de empréstimo no mercado financeiro para a Itália decolou, passando dos seis por cento. Agora, a nota da Itália é a mesma de países como o Brasil e a Bulgária.

A agência diz que a situação da Itália é inquietante, já que o país corre sérios riscos de contágio da crise oriunda da Grécia e da Espanha. A perspectiva econômica de curto prazo da Itália se deteriorou, além do fraco crescimento e o aumento constante das taxas de desemprego, o que seria, na avaliação da agência Moody's, um agravante para restabelecer a confiança do mercado nas políticas econômicas implementadas pelo governo Mario Monti, naquela que é a terceira economia da zona do Euro. O primeiro ministro italiano planejava recorrer aos fundos de ajuda financeira da zona do Euro para conter o aumento das taxas de empréstimo da Itália nas praças financeiras.

A Comissão Européia, por sua vez, criticou veementemente o anúncio, alegando que o momento escolhido pela agência Moody's para degradar a nota da Itália não seria o mais apropriado. Bruxelas elogiou as ações "determinadas" da Itália para reestabelecer as finanças públicas.O porta-voz da Comissão Européia para assuntos econômicos lembrou que as medidas do governo Monti demonstram a vontade política dos italianos para consolidarem a saúde fiscal do país, através do equilíbrio orçamentário introduzido na Constituição e a reforma das leis trabalhistas.

A Itália entrou oficialmente em recessão no final de 2011, e a tendência se confirmou no primeiro trimestre deste ano com uma contração de 0,8% do produto interno bruto, em consequência de uma série de planos de austeridade econômica adotados desde 2010 para tranquilizar os mercados.

 

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