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G20/Economia

Líderes encerram G20 com promessa de crescimento mundial e união bancária na Europa

Os líderes do G20 reunidos no México encerraram a reunião de cúpula nessa terça-feira com o compromisso de impulsionar o crescimento da economia mundial. Já os países da zona do euro presentes no encontro prometeram trabalhar para construir uma união bancária. FMI e Estados Unidos se mostraram otimistas com os resultados. As medidas protecionistas em vigor serão mantidas até 2014.

Líderes mundiais durante a reunião do G20 no México.
Líderes mundiais durante a reunião do G20 no México.
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Antes mesmo da divulgação do texto final da reunião de cúpula do G20, uma palavra dava a tônica do documento: crescimento. Os líderes do grupo encerraram reunião de cúpula em Los Cabos, no México, com o compromisso de impulsionar a atividade econômica global. Ao término do evento, que reuniu as principais economias do planeta, os chefes de Estado e de governo prometeram adotar as medidas necessárias para retomar o crescimento mundial e restaurar a confiança nos mercados financeiros.

Os países ricos e os emergentes também decidiram prolongar até 2014 as medidas protecionistas em vigor. Segundo presidente mexicano Felipe Calderon, que dirige o G20, o tema foi alvo de resistências de alguns membros do grupo, mas no final eles concordaram em manter o sistema atual por mais dois anos. “Nós estamos muito preocupados com os riscos crescentes do protecionismo no mundo”, afirmaram os líderes no final da reunião.

A presidente brasileira Dilma Rousseff lembrou que as políticas de ajuste fiscal não são suficientes e que há um consenso no G20 de que deve haver espaço para estímulos fiscais aos investimentos. A chefe de Estado também ressaltou o clima de preocupação dos participantes sobre a situação no velho continente.

Os países europeus presentes no evento se engajaram em trabalhar para a construção de uma união bancária. “Nós apoiamos a intenção de adotar medidas concretas rumo a uma arquitetura financeira mais integrada, englobando supervisão, resolução das falhas e a recapitalização dos bancos”, explicou o Felipe Calderon.

A união bancária na zona do euro é uma questão que já vinha sendo levantada por vários líderes do grupo. “Nós discutimos as linhas diretrizes para termos as mesmas normas nos seguros de depósitos e a reestruturação dos bancos”, indicou a chanceler alemã Angela Merkel, mesmo se Berlim se mostrou cética quando o conceito emergiu pela primeira vez. Segundo o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, o dispositivo será afinado durante o Conselho Europeu, nos dias 28 e 29 de junho, em Bruxelas.

Primeiras Reações

Logo na saída das reuniões, a chefe do Fundo Monetário Internacional exprimiu a apreensão dos líderes mundiais sobre a situação no velho continente. “Nós estamos todos preocupados com a Europa, principalmente com a zona do euro”, disse Christine Lagarde. “Mas os dirigentes europeus se comprometeram em tomar todas as medidas necessárias para salvar a integridade e a estabilidade da zona do euro e quebrar o círculo vicioso entre os problemas dos Estados e os bancos”, completou. “Temos que admitir que as sementes de uma retomada pan-europeia foram plantadas” durante o evento, afirmou Lagarde.

Mesmo tom do lado do secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, que se disse confiante sobre o projeto dos europeus. “O que eles querem fazer é conceber um sistema que não se contente em reforçar a Europa futura com reformas visando construir um conjunto de instituições sólidas em busca de uma união orçamentária e bancária”, disse ele. Para os representante da Casa Branca, os lideres também tentam, a curto prazo, implementar uma série de medidas que “permitam que países que implementam reformas, como a Espanha e a Itália, possam fazer empréstimos como taxas de juros razoáveis”.
 

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