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UK/Desemprego

Grã-Bretanha tem o maior índice de desemprego dos últimos 17 anos

A Grã Bretanha registrou o seu maior índice de desemprego desde 1994, com 2,57 milhões de pessoas sem trabalho. Os jovens e os funcionários públicos são as principais vítimas da situação. Os sindicatos criticam as medidas de austeridade, enquanto o governo coloca a culpa na crise econômica internacional. O primeiro-ministro recusa fazer qualquer tipo de revisão em seu programa de cortes de gastos públicos. 

Anúncio de empregos nas ruas de Leicester, na Grã-Bretanha.
Anúncio de empregos nas ruas de Leicester, na Grã-Bretanha. REUTERS/Darren Staples
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Segundo os números referentes ao mês de agosto, 8,1% da população ativa da Grã-Bretanha é vítima do desemprego. O índice é o mais elevado registrado no país desde 1994. Das 2,57 milhões de pessoas que se declaram sem trabalho, quase um milhão são jovens entre 16 e 24 anos de idade.

Os funcionários públicos também fazem parte das principais vítimas do desemprego. Os cortes de gastos lançados pelo governo para enfrentar a crise econômica provocaram a demissão de 110 mil pessoas nessa categoria, principalmente nas prefeituras. Já o setor privado, que segundo as previsões do governo deveria compensar os cortes nos serviços públicos, não contrataram tanto quanto o esperado. O secretário britânico responsável pelo Emprego, Chris Grayling, rejeita a responsabilidade da situação. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas pela zona do euro, que importa menos produtos da Grã-Bretanha, seria o principal culpado pelo aumento do desemprego no país.

O primeiro-ministro britânico David Cameron reconheceu que os números foram uma grande “decepção”. Mas o chefe do governo recusa qualquer tipo de revisão em seu programa de luta contra o déficit público, mesmo se os sindicatos apontam o seu plano de austeridade como principal responsável pelo desemprego.

Alguns especialistas já prevêem que a Grã-Bretanha deve ultrapassar a barra dos 3 milhões de desempregados nos próximos meses, principalmente se o governo manter seu ritmo de cortes de pessoal nos serviços públicos. Um contexto que, segundo a consultoria Capital Economics, “deve tornar ainda mais frágil a economia britânica e aumentará os riscos de retorno da recessão”.

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