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Copa do Mundo/Brasil

Brasil espera jogo mais aberto contra a Costa do Marfim

Os jogadores brasileiros Robinho e Nilmar deram nesta quinta-feira uma entrevista coletiva à imprensa, antes do treino da seleção brasileira no Randburg Park, em Joanesburgo, África do Sul. Superadas as pressões e a ansiedade da estreia contra a Coreia do Norte, os jogadores da seleção brasileira esperam apresentar um melhor futebol nos próximos jogos da Copa Mundo.

Robinho antes da coletiva à imprensa nesta quinta-feira, em Joanesburgo.
Robinho antes da coletiva à imprensa nesta quinta-feira, em Joanesburgo. Reuters
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Os dois jogadores dizem estar conscientes que ainda encontrarão equipes que vão continuar jogando na retranca e apostando na forte marcação.A vitória apertada por 2 a 1 contra a Coreia do Norte na estreia do Mundial demonstrou as dificuldades do Brasil para superar equipes que se fecham na defesa e deixam poucos espaços para o trabalho dos atacantes.

« O segredo é fazer um gol rápido, nos primeiros 15 minutos para o jogo ficar mais aberto. Mas com a Coreia (do Norte), mesmo após o gol eles continuaram fechados. O segredo é a paciência », disse Robinho, considerado um dos destaques da seleção brasileira no jogo de estreia. O Brasil só conseguiu abrir o placar aos 10 minutos do segundo tempo, com um o lateral direito Maicon.

«Sabíamos que não ia ser fácil », disse o atacante Nilmar, revelando que nos treinos fechados à imprensa, o técnico Dunga insistiu na preparação dos jogadores para uma retranca previsível dos norte-coreanos. Segundo Nilmar, nos coletivos o time reserva foi orientado e reforçar a marcação e dificultar o setor ofensivo da equipe titular. «A gente viu pelo coletivo, onde não houve muitos gols», afirmou.

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Atacante Robinho da seleção brasileira na África do Sul

Segundo Nilmar, os atacantes brasileiros, acostumados com equipes que jogam mais abertas e buscam fazer gols, devem encontrar a mesma dificuldade nos futuros jogos do Brasil. Os resultados das partidas do Mundial têm revelado a característica do futebol atual. « O futebol hoje é de muita força e marcação, a gente está vendo que não tem muitos gols como imaginávamos», lamentou o atacante.

Robinho também se mostrou um pouco frustrado com os poucos gols da primeira rodada, marcada por vitórias apertadas, com exceção da Alemanha que venceu a Austrália por 4 a 0 e da Argentina que venceu nesta quinta-feira a Coreia do Sul por 4 a 1. «Não era isso que eu esperava, jogos com poucos gols. Com o Brasil nessa primeira rodada infelizmente foi assim, mas a tendência é melhorar a partir da fase do mata-mata, pois os times dependem da vitória e os gols vão surgir », prevê Robinho.

Durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira, Robinho e Nilmar disseram que a tendência da seleção é melhorar já a partir do próximo jogo, contra a Costa do Marfim, no domingo. «A gente não tem informação de quem vai jogar pela Costa do Marfim, mas não acho que os marfinenses vão jogar marcando tanto quanto a Coreia (do Norte)», disse Robinho. «A tendência é melhorar a cada jogo. Acabou a tensão da estreia», concluiu.

Versatilidade

Questionado sobre a substituição de Kaká no segundo tempo da partida contra os norte-coreanos e o pedido de Dunga para que passasse a jogar mais recuado, na criação de jogadas, Robinho disse ter se sentido à vontade para exercer a função.
«Já joguei na posição que joga o Kaká. «Não vejo problema nenhum se o Dunga optar por isso», declarou. No entanto, Robinho fez questão de destacar que sua principal característica é jogar mais à frente e deu indicações de quem seria um bom substituto do grande ídolo brasileiro: «Depende da formação do Dunga, mas tem Julio Baptista que já exerceu bem a função de Kaká na Copa América», lembrou o atacante.

Assim como no jogo contra a Coreia do Norte, quando foi substituído por Nilmar, tudo indica que Kaká, que está voltando a ter ritmo de jogo após duas lesões, deverá novamente ceder seu lugar no segundo tempo no jogo contra a Costa do Marfim. Os jogadores parecem estar preparados para se adaptar às mudanças planejadas por Dunga. «Ele (Kaká) é um jogador de peso e pode decidir (uma partida) a qualquer momento, mas se tiver que entrar no lugar dele, não tem problema»,admitiu Robinho.

 

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