Dilma: desastre em Mariana não compromete Brasil na COP21
A três semanas do início da Conferência do Clima de Paris (COP21), o Brasil começou a enfrentar o pior desastre ambiental da sua história, com o rompimento de duas barragens da Samarco em Minas Gerais. Mas na avaliação da presidente Dilma Rousseff, a tragédia em Mariana não mancha a credibilidade do Brasil nas negociações sobre o novo acordo climático.
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A largada para a COP21 teve o impulso de 150 chefes de Estado e de Governo. O Brasil costuma desempenhar um papel de destaque nas conferências climáticas, junto com os países emergentes.
“Eu não concordo com isso, porque nós reduzimos completamente os efeitos desse desastre”, afirmou a presidente, ao ser questionada pela RFI Brasil sobre o impacto da catástrofe na posição brasileira durante a conferência internacional, que vai até 11 de dezembro. Dilma, então, explicou as ações do governo para restabelecer o abastecimento da água potável na região atingida. Na coletiva de imprensa, ela afirmou que o rompimento das barragens foi “um acidente irresponsável causado pelo homem”.
Preocupação maior foi com as vidas
A presidente avalia que a tragédia poderia ter sido “muito mais devastadora” em termos de perdas humanas, se a lama tivesse atingido a cidade de Mariana e se as populações de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo não tivessem sido retiradas às pressas, antes da chegada da lama contaminada com resíduos minerais.
“Esse desastre tem um tempo de duração significativo, até toda a água sair, a gente tirar a lama etc.”, disse. Dilma lembrou que o Rio Doce já era poluído com esgoto e que, agora, será feito um programa de revitalização das matas e florestas em torno do rio. “[recuperação] Não só do desastre, mas de todo o processo que já vinha de antes. A lama acabou com a água, acabou com os peixes, acabou com toda a vida ali, e nós vamos ter de recuperar.”
Bill Gates lança programa de energias renováveis nos países pobres
Depois do discurso na abertura da COP21 nesta segunda-feira (30), a presidente realizou reuniões bilaterais com líderes da China, União Europeia, Vietnã e Japão. Dilma participou de um evento sobre inovação no desenvolvimento de energias renováveis nos países em desenvolvimento.
A iniciativa Mission Innovation foi lançada pelo bilionário Bill Gates junto com os presidentes francês, François Hollande, e norte-americano, Barack Obama. Outros líderes como os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, da Índia, Narendra Modi e da Itália, Matteo Renzi, também estavam evento.
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