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Correio dos Ouvintes para o Brasil

Despedida e lembranças do Correio dos Ouvintes

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No nosso penúltimo encontro Correio dos Ouvintes, abrimos espaço para relembrar a criação deste programa, a importância que teve para nossos ouvintes ao longo de três décadas.

pixabay
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O Correio dos Ouvintes existe desde a década de 80, tendo surgido ao mesmo tempo em que o próprio serviço brasileiro na Rádio França Internacional foi criado. No início, os programas eram feitos em formatos longos. O Correio dos Ouvintes chegava a ter 40 minutos, sempre indo ao ar nas noites de domingo.

O quadro era presentado por dois jornalistas que respondiam às cartas dos ouvintes. Estas missivas chegavam até a gente pela mala diplomática, que era o endereço da caixa postal no Brasil para onde nossos ouvintes escreviam. Duas vezes por mês, essa correspondência era enviada até a Casa da Rádio, a famosa Maison da la Radio, em Paris.

La maison de la Radio.
La maison de la Radio. O.Pelletant/RFI

Muito de vocês descobriram nossos programas por acaso, graças ao milagre das ondas curtas. Para nossos jovens ouvintes que não conhecem estes antigos meios de comunicação, saibam que não é dado a qualquer um poder sintonizar um programa de rádio por ondas curtas.

É uma verdadeira aventura, já que as frequências por onde passam as ondas do rádio dependem de três fatores para sintonia de emissoras em ondas curtas: a hora do dia, a estação do ano e a atividade do Sol. Esta dificuldade que muitos encontravam para sintonizar uma rádio internacional é o que acabava transformando a atividade em um hobby.

Com a chegada dos meios modernos, fomos diversificando nossa programação. Assim, os anos 90 nos trouxeram novos ouvintes através das rádios que começaram a fazer parceria com a RFI e retransmitiam nossos programas em ondas medias, AM.

O novo milênio nos chegou com novas tecnologias e novos ouvintes que só se comunicavam com a gente através de emails. E, pouco a pouco, as cartas foram ficando mais raras.

Como comenta nossa ouvinte Helena, o que era gostoso com as cartas é que ficávamos esperando uma reposta. Ela adorava participar dos concursos semanais, que ofereciam brindes, e ficava esperando o sorteio ao vivo no domingo à noite, com o anúncio das cartas que tinham dado a resposta certa.

Nós também gostávamos muito de receber cartinhas. Tínhamos de todos os tipos. Umas chegavam decoradas, outras cheias de selos para troca entre ouvintes que eram filatelistas. Havia uma lista de correspondentes para aqueles que gostavam de trocar correspondência entre ouvintes. Assim temos ouvintes como o Alexander Yaroslav Segantini, lá de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que enviava suas cartas cheias de selo e, deste modo, fez muitos amigos mundo afora.

Neste programa conversamos com o Noélio Sousa Porto, que nos acompanha em Itabuna na Bahia há mais de 25 anos.

01:16

Noélio Sousa Porto

Também com o Anselmo, de Santa Catarina, para quem um programa dedicado aos ouvintes é a alma do rádio.

 

02:22

Anselmo de Paula Camargo

E, por fim, com o doutor Alberto Hindeburgo Fetter, que nos envia todas as semanas uma carta, sempre nos questionando sobre nossa programação, e que é um saudosista com o desaparecimento de certos programas e meios de comunicação.

 

02:04

Alberto Hindeburgo Fetter

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