A origem do pinheiro de Natal no Correio dos Ouvintes

No nosso programa desta semana vamos falar da história do pinheiro de Natal. Nossa receita da noite: biscoitos de Natal para enfeitar sua árvore. E o nosso ouvinte convidado é o compositor Laércio Lemos.

As decorações dos pinheirinhos apareceram na Europa no século 12. REUTERS/Yuri Gripas

A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal. Alguns situam esta data entre 2000 e 1200 antes de Cristo. Esta árvore representava o nascimento, pois coincidia com o dia do "renascer do sol" quando os dias começariam novamente a ser mais longos.

Os celtas tinham um calendário baseado nos ciclos da lua. Cada mês lunar era associado a uma árvore e os druidas, que são povos de origem indo-europeia que viviam em extensas áreas da Europa pré-romana, tinham o costume de decorar carvalhos com frutas, flores e trigo.

Os romanos enfeitavam as árvores em homenagem ao Deus Saturno, Deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano (que é o dia 21 de dezembro). Estes galhos simbolizavam a vitória da vida sob a morte.

Iluminações e decorações do pinheiro de Natal

As decorações com biscoitos em forma de bonecos, guloseimas como pirulitos em forma de bengalas, ursinhos de chocolates e maçãs, símbolo da árvore do paraíso, só apareceram no século 14.

REUTERS/Hannibal Hanschke

As primeiras iluminações dos pinheiros foram feitas nos séculos 17 e 18. Usava-se conchas e casquinhas de vieiras com óleo. Havia também aqueles que colocavam velinhas amarradas nos galhos dos pinheiros. Foi nesta mesma época que apareceu a estrela no topo da árvore.

Em 1521,  foi oficializada na região da Alsácia, leste da França, o pinheiro como símbolo do Natal e árvore natalina. Visto que este costume tinha mais sucesso no leste da França, algumas tentativas foram feitas para expandir esta tradição. Foi o que fez Marie Leszczynska, esposa do rei de Francês Luís XV, que colocou pela primeira vez um pinheiro no Palácio de Versalhes, em 1738.

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Na Inglaterra, em 1841, a rainha Vitória e seu esposo, o rei Albert, enfeitaram as salas do Castelo de Windsor com uma árvore de natal. Na época vitoriana, um lindo pinheiro devia ter uma altura suficiente para possuir seis galhos. A árvore era colocada de preferência em cima de uma mesa grande forrada com uma toalha branca. Decorava-se o pinheiro com guirlandas, flores de papel e chocolates.

Fora de casa, nas ruas, as decorações apareceram na França depois que a Duquesa de Orleans, Helena Mecklembourg, de origem alemã, teve a ideia de decorar as árvores do Jardim das Tulherias, em Paris, em 1837.

A tradição se expandiu pelo resto da França depois da guerra de 1870, quando os alsacianos que viviam na região que faz fronteira com a Alemanha começaram a imigrar para outras regiões francesas e levaram consigo esta tradição natalina. O costume de usar bolas de vidro para decorar o pinheiro apareceu em 1858. O inverno havia sido rigoroso na região de Moselle, no leste da França. Em Meisenthal já não se encontravam mais frutas para decoração, foi então que um mestre vidreiro teve a ideia de fazer maçãs e outras frutas de vidro.

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