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Brasil/ Reino Unido

Ao lado de Cameron, Dilma demonstra preocupação com tensão no Irã

A presidente Dilma Rousseff disse ontem estar "preocupada" com a ideia de uma ação militar no Irã, acusado de estar desenvolvendo armas nucleares, e afirmou que tal movimento seria uma "violação" aos princípios da ONU. Em declaração à imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, Dilma declarou que uma ação militar teria "graves" consequências para o Oriente Médio.

David Cameron e Dilma Rousseff se encontraram na sexta-feira, em Brasília.
David Cameron e Dilma Rousseff se encontraram na sexta-feira, em Brasília. REUTERS/Ueslei Marcelino
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"Me preocupa de uma forma muito especial a crescente retórica em prol de uma ação militar unilateral no Irã. Qualquer iniciativa desse tipo constituiria uma violação da carta da ONU", disse a presidente no Palácio do Planalto. O Irã nega ter a intenção de desenvolver armas nucleares e diz estar enriquecendo urânio para uso em isótopos médicos. Potências ocidentais e Israel temem que a partir desse nível de enriquecimento seja fácil alcançar o grau necessário para o uso militar.

Dilma também reiterou sua posição contrária a uma solução não militar para os conflitos na Síria, além considerar "fundamental" o apoio às iniciativas do novo mediador internacional Lakhdar Brahimi para tentar dar fim aos 17 meses de violência, em que mais de 20 mil pessoas foram mortas.

"Reiteirei ao primeiro-ministro [britânico] a convicção do Brasil que não há solução militar para a crise síria. Um processo político liderado pelos próprios sírios é o melhor caminho para a superação do conflito", disse.

Dilma já havia condenado a violência na Síria durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, na terça-feira. A presidente defendeu ainda uma maior participação da comunidade internacional na tentativa de uma solução para conflitos no Oriente Médio, principalmente no processo de paz entre Israel e Palestina.

Cameron, por sua vez, não opinou sobre a posição brasileira em relação aos conflitos internacionais, mas disse apoiar o pleito do Brasil por um assento fixo no Conselho de Segurança da ONU.
 

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