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Relatório

Governo americano aponta persistência do tráfico de pessoas no Brasil

O relatório anual do Departamento de Estado americano sobre a situação do tráfico de seres humanos no mundo, divulgado na segunda-feira em Washington, incluiu a Venezuela na lista negra de países com esse problema. Sobre o Brasil, o documento afirma que apesar dos esforços feitos pelo governo, mulheres, homens e crianças continuam a ser vítimas de tráfico sexual ou de trabalhos forçados.

A secretária de Estado Hillary Clinton durante a conferência anual do tráfico de seres humanos, em Washington.
A secretária de Estado Hillary Clinton durante a conferência anual do tráfico de seres humanos, em Washington. State Dept Image/Michael Gross
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A nona edição do relatório anual sobre tráfico de seres humanos do Departamento de Estado americano incluiu a Venezuela na lista negra. Divulgado pela secretária Hillary Clinton, em Washington, o documento afirma que o governo de Caracas não está fazendo o suficiente para cumprir com os padrões mínimos para a eliminação do problema. De acordo com o levantamento, apesar de em menor escala, o Brasil também serve como destino ou ponto de passagem para homens e mulheres submetidos a trabalhos forçados e prostituição.

Um país na lista negra pode sofrer sanções, como deixar de receber ajuda humanitária dos Estados Unidos e enfrentar um voto contrário de Washington na concessão de fundos do Banco Mundial e do FMI. Além do Brasil e da Venezuela, o Departamento de Estado colocou este ano sob vigilância reforçada Equador, Costa Rica, Panamá e República Dominicana. Cuba segue na lista desde sua inclusão, em 2003, assim como vários países da África e Ásia.

No caso do Brasil, o relatório cita dados do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, segundo os quais o tráfico sexual está presente em todos os Estados brasileiros e mais de 250 mil crianças estão envolvidas em prostituição. O documento assinala ainda que "mais de 25 mil homens brasileiros são submetidos a trabalho escravo no país", um problema encontrado com frequência em setores relacionados à agricultura, mineração e construção civil, principalmente no interior do Nordeste.

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