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Grécia / Crise

Crise econômica da Grécia divide países europeus

Enquanto a Alemanha faz exigências para desbloquear os recursos para ajudar a Grécia, o presidente francês Nicolas Sarkozy e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anunciam em Paris que estão decididos a agir rapidamente contra a especulação que atinge a economia grega.

Presidente francês Nicolas Sarkozy se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para discutir a crise grega.
Presidente francês Nicolas Sarkozy se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para discutir a crise grega. Reuters
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O plano de ajuda financeira de 45 bilhões de euros à Grécia por parte da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional continua dividindo as opiniões no velho continente. Metade da ajuda europeia dada aos gregos sairá dos cofres da Alemanha e da França, mas Paris tem se mostrado bem mais cooperativa que Berlim.

O presidente francês Nicolas Sarkozy e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, se reuniram nessa segunda-feira e confirmaram a vontade conjunta de assegurar a estabilidade da zona euro e agir contra a especulação que atinge a Grécia. No comunicado, publicado depois de um almoço realizado no Palácio de Eliseu, os dois reafirmaram a "importância de uma ação conjunta e de uma estratégia econômica europeia". Porém, o texto não faz alusão à ajuda solicitada pelo governo grego ao bloco e ao FMI. Sarkozy também disse que vai propor um mecanismo de ajuste alfandegário, afim de proteger a União Europeia.

Apesar do consenso europeu de que é preciso ajudar a economia grega, a Alemanha insiste para que a Grécia apresente um programa de contenção de gastos consistente para enfrentar o déficit. Diversos políticos da coalizão de governo já deixaram claro que caso uma ajuda seja realmente aprovada, ele não será dada facilmente. Alguns partidos alemães mais conservadores chegaram a falar de exclusão dos gregos do bloco europeu. A chanceler alemã Angela Merkel, uma das mais firmes opositoras ao empréstimo, declarou nessa segunda-feira que confia nas negociações em curso entre a Grécia, a União Europeia e o FMI.

Nessa segunda-feira, o ministro grego das finanças, Georges Papaconstantinou, disse que o país anunciará medidas concretas para reduzir seu déficit de forma drástica, depois de discutir os detalhes do pacote de socorro com a Europa e o FMI.

01:46

Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

 

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