Acessar o conteúdo principal
Reportagem

Rayssa Leal e Richarlison entram para a história com peças no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça

Publicado em:

Os atletas brasileiros Richarlison de Andrade e Rayssa Leal, que já tinham feito história nos Jogos Olímpicos de Tóquio, agora também fazem parte da história do Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. Neste domingo (17), o jogador de futebol e a skatista, que conquistaram ouro e prata em Tóquio 2020, respectivamente, participaram de uma cerimônia especial de doação de peças para a coleção permanente do museu.

A skatista brasileira Rayssa Leal distribui autógrafos aos fãs que comparecerem neste domingo (17) ao Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça.
A skatista brasileira Rayssa Leal distribui autógrafos aos fãs que comparecerem neste domingo (17) ao Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. © Valéria Maniero/RFI
Publicidade

Valéria Maniero, correspondente da RFI em Lausanne

No evento, que teve a presença de muitos fãs que queriam tirar fotos com os atletas e pedir autógrafos, Richarlison doou sua camisa número 10 e suas chuteiras usadas em Tóquio, e que agora integram o acervo do museu ao lado de peças de outros grandes atletas de todo o mundo.

“Acho que já passaram muitos atletas jogando pela seleção olímpica e creio que eu sou um dos primeiros a vir aqui, a ter uma camisa, uma chuteira aqui no museu. Fico muito feliz. Um sonho realizado também é ter conquistado a Olimpíada”, declarou o jogador à RFI.

Quanto aos próximos jogos, ele respondeu que “agora, é esperar”. “Vamos ver aí o que eles vão falar pra mim, né? Não sei se eles vão me convidar para jogar em Paris, mas se eles me convidarem, eu vou estar sempre à disposição para servir a seleção brasileira”, comentou o atleta.

O atacante brasileiro Richarlison de Andrade durante cerimônia de entrega de sua camisa 10 e chuteiras ao Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça, neste domingo (17).
O atacante brasileiro Richarlison de Andrade durante cerimônia de entrega de sua camisa 10 e chuteiras ao Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça, neste domingo (17). © Valéria Maniero/RFI

Richarlison, que chegou a chorar durante partida contra a Bolívia e, recentemente, afirmou que iria procurar ajuda psicológica, parece estar deixando a má fase para trás. No sábado (16), ele foi o principal destaque da vitória de virada do Tottenham sobre o Sheffield United.

“Ah, graças a Deus, as coisas estão voltando ao caminho normal, as coisas estão ficando mais leves para mim também. Estou muito feliz. Já dei um grande passo. Passei por um momento turbulento um tempo atrás, mas agora já está melhor também. Então, acho que o primeiro passo já veio de mim, que eu preciso melhorar mentalmente, então, quem tem que mudar são as pessoas. Tem que partir de mim primeiro”, ele comentou.

“Isso é gratificante demais para mim”

Para Richarlison, “toda criança que joga futebol, que sonha ser jogador de futebol, sonha com um momento como esse: chegar na seleção brasileira, ser campeão pela seleção brasileira”.

“E agora ter [as peças] no museu, onde todo mundo pode passar, tirar uma foto, lembrar que você foi campeão olímpico. Então, isso é gratificante demais para mim”, vibra o atacante.

O campeão olímpico lembrou que, quando era criança, estudava em uma escola em tempo integral, das 7h às 17h, e quando era época de Olimpíada, uma TV era colocada no pátio para os alunos assistirem aos jogos. “Eu sempre carrego isso na memória. E hoje eu faço parte dessa história também”, comenta.

Richarlison de Andrade vibra por figurar agora entre outras estrelas do futebol e do mundo do esporte no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. Em 17 de setembro de 2023.
Richarlison de Andrade vibra por figurar agora entre outras estrelas do futebol e do mundo do esporte no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. Em 17 de setembro de 2023. © Valéria Maniero/RFI

Fadinha

Já Rayssa Leal, que doou ao museu um dos skates utilizados em Tóquio, contou como foi participar tão jovem dos jogos olímpicos. “Eu sou muito nova. Eu fui à Olimpíada com 13 anos, então, para mim, nunca tinha passado pela minha cabeça o quão grande era tudo isso que eu estou vivendo hoje, que eu estou podendo viver. Estar aqui, estar doando uma peça tão importante, um shape... É muito gratificante ver que o esporte está podendo abrir essas portas, e na primeira olimpíada do skate fazer tanta história assim, eu fico muito feliz mesmo”, declarou à RFI.

Rayssa explicou a história do shape doado à exposição permanente. Ela disse que ainda guarda com ela o skate com que ela conquistou a medalha de prata, e que a peça que agora integra o museu foi utilizada na semifinal de Tóquio 2020.

 

A skatista brasileira Rayssa Leal entra para a história do Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça, ao doar um dos skates utilizados nas competições de Tóquio 2020.
A skatista brasileira Rayssa Leal entra para a história do Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça, ao doar um dos skates utilizados nas competições de Tóquio 2020. © Valéria Maniero/RFI

Aos 15 anos, a “fadinha do skate” já tem uma medalha olímpica, um ouro nos X-Games e é campeã mundial. “Eu tenho muitas metas pessoais, mas metas assim, de atletas, vai ter um campeonato mundial de novo no Brasil. Quero dar o meu melhor, o meu 100% lá, poder, quem sabe, ganhar também. Poder sempre estar mostrando o melhor do skate, o melhor de mim, dar o meu 100%, dentro e fora das pistas, e ganhar uma medalha de ouro, com certeza, é algo que é uma meta para mim”, conta a skatista.

Paris 2024

Rayssa Leal ficou em sétimo lugar no torneiro feminino do Pro Tour de Skate Street Lausanne 2023, competição que terminou no sábado e conta pontos para Paris 2024. O ouro foi para a campeão olímpica Nishiya Momiji, do Japão. A brasileira Pâmela Rosa conquistou o 5º lugar.

“Acabei me machucando um pouquinho, não consegui estar 100%, mas, mesmo assim, estava feliz. É uma pista muito divertida. As meninas andaram muito. Independentemente do resultado, eu fiz o meu melhor, eu dei o que tinha que dar, fiz o que tinha que fazer e, para mim, é o que importa”, revela a atleta.

O shape do skate com que Rayssa Leal competiu na semi-final de Tóquio 2020.
O shape do skate com que Rayssa Leal competiu na semi-final de Tóquio 2020. © Valéria Maniero/RFI

As peças doadas por Richarlison e Rayssa, no entanto, não são os primeiros objetos esportivos de atletas brasileiros a entrarem para a coleção do Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça. O vôlei de praia também marca presença com o uniforme usado por Jacqueline Silva na conquista do primeiro ouro olímpico feminino do Brasil na modalidade, em Atlanta 1996, ao lado de sua parceira Sandra Pires.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.