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O Mundo Agora

O mundo se solidariza com Lula e a democracia brasileira

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As notícias e as cenas do ataque contra os prédios dos três poderes constitucionais por partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro estão correndo o mundo.

Bolsonaristas deixam rastro de destruição e saques na invasão ao Congresso.
Bolsonaristas deixam rastro de destruição e saques na invasão ao Congresso. REUTERS - ADRIANO MACHADO
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Flavio Aguiar, analista político

De todos os quadrantes e de governantes de diferentes tendências ideológicas estão chegando mensagens de solidariedade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a democracia brasileira. Editoriais e comentários na mídia mundial repudiam os atos de vandalismo.

Ao mesmo tempo questionam se não houve no mínimo negligência ou até cumplicidade por parte de autoridades responsáveis pela segurança do Distrito Federal, apontando a lentidão e ineficiência das primeiras atitudes das forças policiais.

Mensagens de solidariedade ao presidente brasileiro e de apoio à democracia partiram dos governos dos Estados Unidos, Chile, Colômbia, Argentina, França, Reino Unido, Venezuela, Portugal, Peru, Equador, Bolívia, Espanha, Cuba, México, Uruguai, Paraguai, Canadá, Itália, Austrália dentre outros, além de representantes de organismos internacionais como a ONU, a OEA e a União Europeia.

Até os atos de vandalismo deste fim de semana o noticiário sobre o Brasil era amplamente positivo ou de solidariedade e luto pela morte de Pelé. A mídia europeia saudava a reconciliação entre o presidente Lula e a ex- e nova ministra do Meio-Ambiente Marina da Silva, como um sinal esperançoso para proteção da Amazônia e de outros biomas brasileiros. A Alemanha e a Noruega anunciaram a retomada do financiamento do Fundo de Proteção à Floresta. O Reino Unido declarou estar disposto a examinar a possibilidade de adesão ao Fundo, exemplo que poderia ser seguido por outros países.

A expectativa era e é de que o Brasil retome a liderança que já teve na diplomacia mundial quanto à defesa do meio-ambiente e dos direitos humanos, depois dos anos de descaso por parte do governo que se encerrou em 31 de dezembro.

Pode-se dizer que um terremoto político abalou este clima de lua-de-mel. Mas não o destruiu. Prova disto são as mensagens de solidariedade e confiança recebidas pelo governo brasileiro e de condenação dos atos de vandalismo que muitos caracterizam como terroristas.

O presidente Lula foi qualificado pelo jornal Le Monde como “o presidente Fênix”, em alusão à ave que na mitologia grega renascia das próprias cinzas. Do mesmo modo, o Brasil e a democracia brasileira estão renascendo das cinzas da devastação ambiental e política. O caminho será árduo e cheio de obstáculos. Mas a esperança também está renascendo, por sobre os vândalos que querem destruí-la.

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