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Esporte em foco

Seleção feminina de handebol do Brasil está na final do Pan 2023 e mais perto da vaga olímpica

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Depois de derrotar o Chile, país anfitrião desta edição dos Jogos Pan-Americanos, a seleção feminina de handebol do Brasil está a apenas um passo de conquistar a medalha de ouro na competição. A vitória em Santiago garante o passaporte direto para a Olimpíada de Paris, em 2024.

A seleção feminina de handebol do Brasil antes do jogo contra o Uruguai, em 25 de outubro de 2023, em Santiago, no Chile.
A seleção feminina de handebol do Brasil antes do jogo contra o Uruguai, em 25 de outubro de 2023, em Santiago, no Chile. © Luciana Quaresma/RFI
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Luciana Quaresma, especial de Santiago para a RFI 

A capitã da equipe e uma das jogadoras mais experientes da seleção, Ana Paula Belo, falou à RFI sobre a sequência de vitórias na competição. “Com certeza a gente deu um passo importante para a chegarmos ao nosso objetivo que, além do ouro aqui no Pan, garante uma vaga para competir nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Temos consciência que não podemos errar, não podemos vacilar porque a gente tem um objetivo final e veio para lutar por ele e para jogar forte”, diz a veterana que já tem três participações em Jogos Olímpicos, três títulos em Jogos Pan-Americanos e um mundial. 

No total, 21 modalidades garantem vaga direta para Paris 2024, 12 disciplinas valem pontos ou índices e 244 vagas olímpicas no total. O Pan-Americano na capital chilena é a maior competição esportiva da América Latina e a principal via de classificação olímpica para modalidades como boxe, tiro esportivo, hipismo e handebol feminino e masculino. 

O brasileiro Denio Costa, delegado da Confederação Sul e Centro Americana de Handebol (Coscabal), explica a importância deste “passaporte olímpico” para a modalidade. “Cada equipe panamericana, tanto do masculino quanto do feminino, ao conseguir o primeiro lugar em Santiago, garante a vaga para os Jogos Olímpicos. Não são todos os jogos continentais que classificam diretamente, como os jogos africanos e asiáticos, que seriam equivalentes. O nosso é um dos poucos da nossa modalidade”, afirma.

Segundo Costa, a seleção que ficar com a prata, também vai estar mais perto de Paris. “Além deste passaporte, que é muito importante, o segundo lugar vai classificar para o pré-olímpico da modalidade. Serão definidas três ou quatro fases de classificatório para as vagas remanescentes. Quem ficar em segundo lugar ainda vai poder disputar uma vaga para as olimpíadas. Desta forma, a equipe que ficar com a prata aqui no Pan se classifica para o pré-olímpico diretamente e não vai precisar de conseguir uma vaga no campeonato mundial que vai acontecer em dezembro”, explica o delegado que já foi jogador e árbitro da modalidade.

Com estes atalhos para as olimpíada de Paris no próximo ano, a disputa neste Pan de Santiago fica ainda mais intensa. “Isso traz uma importância maior para o handebol, atrai mais as equipes, a participação e a competição entre elas, o nível técnico. Antes era só a disputa pelo primeiro lugar e acabou. Agora não, agora a gente tem uma importância maior. Melhor enfrentar três equipes direto num classificatório para os jogos olímpicos do que enfrentar 24 equipes no campeonato mundial brigando por 8 vagas, no máximo”, explica.

Para Cristiano Silva, que está no comando da seleção, apesar do favoritismo brasileiro, cada jogo do Pan vencido é mais uma conquista rumo a Paris. "Nossa equipe tem uma certa hegemonia no continente: são cinco títulos consecutivos dos jogos então temos este peso do favoritismo que a gente encara de forma natural respeitando todos os adversários. Conseguimos chegar à final aqui em Santiago e conseguimos acabar com nossas jogadoras fisicamente prontas para continuar preparadas para esta competição!”, diz o treinador.

Invicta no Pan de Santiago

Depois de quatro vitórias consecutivas, três na fase de grupos, derrotando o Paraguai, Uruguai e Cuba, na goleada de 49 a 11, o Brasil derrotou a seleção chilena nas semifinais, no sábado (28), por 30 a 10 e agora está a apenas um passo de Paris. A equipe enfrenta a Argentina na noite deste domingo (29). 

A experiente ponta-direita, Adriana Castro, que fez parte da equipe campeã no Pan de Lima, no Peru, em 2019, acredita na vitória. “Estamos muito felizes com o nosso resultado. Queremos continuar neste caminho até o fim. O Pan é um campeonato muito importante para a vaga olímpica e a gente quer sair daqui com ela! Claro que estamos felizes e ansiosas, a gente quer muito, a gente está com muita vontade desta vaga olímpica!", diz.

A jogadora, que chegou ao Chile com 294 gols marcados no total para a seleção brasileira, não esconde a emoção de estar na final. "Neste momento, temos que aproveitar para sorrir, gritar, colocar para fora os sentimentos, nos ajudarmos quando necessário. Errar todo mundo vai, mas temos que continuar focadas e acreditando nesta vitória. O objetivo final é muito bonito e a gente quer muito, mas vamos aproveitar o caminho, o que nos faz chegar lá!”

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