Acessar o conteúdo principal
Esporte em foco

Mundial de Judô começa no Catar com 17 atletas brasileiros e vale pontos para JO de Paris

Publicado em:

Começa neste domingo (7), em Doha no Catar, a 62ª edição do Mundial de Judô. Dezessete judocas brasileiros participam da competição, que vale pontos no ranking para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Serão oito mulheres e nove homens, representando o Brasil, até 14 de maio, em uma das principais provas do ano. Os atletas brasileiros treinaram no dojô de Sainte-Geneviève-des-Bois, nos arredores de Paris, na França, para reduzir a diferença de fuso horário, antes de viajar para Doha.

Mundial de Judô em Doha, no Catar, tem 17 atletas brasileiros na disputa por medalhas.
Mundial de Judô em Doha, no Catar, tem 17 atletas brasileiros na disputa por medalhas. © Lara Monsores/CBJ
Publicidade

Com a colaboração especial de Jonas Duris 

Neste campeonato, cerca de 600 atletas de uma centena de países estarão competindo pelos 15 títulos em jogo: sete para mulheres, sete para homens e um para equipes mistas.  

A delegação do Brasil é composta por judocas experientes, como Rafaela Silva, que ganhou o ouro na categoria até 57 kg na Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, e Rafael Silva “Baby”, que tem duas medalhas de bronze na categoria acima de 100 kg, uma nos jogos de Londres e outra no Rio.

Também fazem parte do grupo judocas com menos experiência, como Gabriela Mantena, de 22 anos, que disputa seu primeiro Mundial de Judô pela categoria até 63 kg. Apesar de competir na categoria contra grandes nomes como a francesa Clarisse Agbegnenou, a atleta se mostra confiante antes da estreia. "Esse ano, eu lutei com muitas adversárias que estão no top 10, e consegui ganhar de algumas delas que estão ali, então as primeiras do mundo. A gente sabe que é uma responsabilidade muito grande, que não é fácil. Mas, como diz o ditado, eu tenho duas pernas e dois braços que nem elas”, afirmou a judoca.

Brasil confiante

No Mundial de 2022, no Uzbequistão, o Brasil teve uma bela participação, terminando em segundo depois do Japão, com títulos de Rafaela Silva e Ayra Aguiar. Neste ano, mesmo sem a participação de Ayra, que priorizou outras competições, e da lesão de Daniel Cargnin, o grupo se sente bem.   

Baby se mostra confiante para o Mundial de Doha. “Acho que vai ser uma boa campanha. Pensando na modalidade equipe, que acontece no dia seguinte das disputas do individual, eu acho que o Brasil tem chance de chegar no pódio também; está com uma equipe bem misturada, com atletas experientes e atletas mais novos fazendo boas colocações nas competições deste ano.” 

O atleta, que luta na categoria dos mais de 100 kg, tem bastante experiência em mundiais. Ele ganhou uma medalha de prata em 2012, e duas de bronze, em 2014 e 2017. Seis anos depois, o grande objetivo dele é “voltar ao pódio”.  

O judô é o esporte individual que mais deu medalhas olímpicas para o Brasil. São 22, sendo quatro de ouro, três de prata e quinze de bronze. A primeira medalha olímpica de judô do Brasil foi de bronze nos Jogos de Munique em 1972. Quem ganhou foi o japonês naturalizado brasileiro Chiaki Ishii. A primeira medalha de ouro veio na Olimpíada de Seul em 1988, com a vitória de Aurélio Miguel.   

Já a preparação em Sainte-Geneviève-des-Bois, nos arredores de Paris, ajudou os atletas que competirão no país em julho de 2024. “O dojô aqui, que é o lugar onde se treina, recebe a gente há vários anos. Temos um intercâmbio legal e ajuda bastante a deixar o treino mais forte para fazer a preparação final", disse Rafael Silva.

JO de Paris

Judocas brasileiras competem no Mundial de Doha, no Catar.
Judocas brasileiras competem no Mundial de Doha, no Catar. © Lara Monsores/CBJ

O torneio mundial é a competição que mais vale pontos para o ranking no período de classificação para os Jogos de Paris 2024: 2.000 para o vencedor. Isso está na cabeça dos atletas antes de entrar na competição, que vai ser uma preparação física e mental para os Jogos Olímpicos que começam em julho do ano que vem. Gabriela Mantena vai disputar sua primeira Olimpíada em Paris.   

“Acho que todo mundo que está lutando nas competições internacionais tem esse foco de ir para a Olimpíada no ano que vem. Com certeza é o meu objetivo e estou lutando para isso, para conseguir os pontos para a classificação”, afirmou a atleta.  

O experiente Rafael Silva “Baby” participará de outras competições em sua preparação para Paris 2024. “O Mundial está sendo em maio, depois a gente tem o Master em outubro, que é uma outra competição bastante forte. A gente tem um Continental, tem jogos Pan-Americanos também este ano. São várias competições classificatórias até a Olimpíada", sublinhou.

Ele detalha que são muitas provas que ainda valem pontos para a Olimpíada. "O mais importante agora é a gente ir bem. São competições que fazem parte da preparação, mas ao mesmo tempo são importantes para a gente ter uma boa colocação no ranking e conseguir um melhor lugar na chave nos Jogos Olímpicos", declarou.

Ouro na mira

Depois de duas medalhas de bronze em 2012 e 2016, o atleta de 35 anos quer conquistar o ouro. “É mudar a cor da medalha, estou numa preparação bastante equilibrada. Eu acho que fazendo uma boa campanha e conseguindo subir no pódio, seria uma bela maneira de encerrar a carreira, com a última Olimpíada”, disse.

O Mundial de Judô de Doha vai até o próximo domingo, 14 de maio. 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.