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A Semana na Imprensa

Icônica e sem papas na língua, Brigitte Bardot critica ecologistas e Macron: 'impostores'

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Assuntos variados são destaque nas revistas francesas desta semana. A Le Point traz as opiniões sem censura de Brigitte Bardot e suas críticas aos ambientalistas e ao governo francês. A L'Express exibe na capa a temática espiritual e como o esoterismo vem ganhando cada vez mais o interesse do público. Já a Marianne aponta a chamada ‘francofobia’ por parte dos Estados Unidos, Argélia, Alemanha, Austrália.

Brigitte Bardot, defensora da causa animal, polemiza: "Os ecologistas são impostores!" e ressalta críticas à Macron.
Brigitte Bardot, defensora da causa animal, polemiza: "Os ecologistas são impostores!" e ressalta críticas à Macron. © Fotomontagem com fotos Pexels
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Le Point traz como um dos assuntos de destaque esta semana a icônica atriz Brigitte Bardot, admirada por brasileiros e até homenageada com escultura em orla de praia de Búzios, no Rio de Janeiro. A revista entrevistou Brigitte, de 88 anos, e constatou que a eterna musa francesa não perdeu nada de sua conhecida sinceridade.

Sobre Emmanuel Macron, presidente da República, ela não se acanha ao demonstrar seu desafeto e se referiu ao político como um “fiasco total”. “Quando o conheci, em 2018, me surpreendi com a seriedade e a atenção com que discorreu sobre todos os assuntos que discutimos”, afirma.

Na época, Brigitte Bardot, que é grande defensora da causa animal, liderou uma luta feroz contra o consumo de carne de cavalo. Ela revelou na entrevista que, quando tocou no assunto com Macron, “ele parecia surpreso e até indignado”: “o quê? Ainda comemos cavalo na França?”.

“Ele nem sabia que em nosso país matamos 5 mil cavalos para comê-los”, diz Brigitte Bardot, indignada.

A atriz pediu na ocasião a proibição total dessa prática. "Ele não fez nada, claro (...) A causa animal é o último de seus interesses presidenciais. Nesse nível, pelo menos, podemos lamentar Giscard", disse ela se referindo ao ex-presidente francês de centro-direita, Valéry Giscard (1974 a 1981), que Bardot afirma tê-la apoiado pela causa dos animais.

Ela adicionou franqueza em suas críticas à falta de apoio pela causa ambiental e animal: "Os ecologistas são impostores! Não sei por que continuo lutando assim. (...) Eu sinto que estou sempre enfrentando um muro de besteira e maldade, batendo minha cabeça nele. É cansativo, no final", desabafou ao Le Point.

Ainda em clima de polêmica, o ícone do cinema francês equiparou a luta pela defesa das mulheres, à "escravidão". “Tenho medo que, por quererem se libertar, as mulheres acabem ficando infelizes”. Questionada sobre o movimento feminista #MeToo, a ex-atriz parece relativizar a importância do assédio sexual na indústria cinematográfica.

Espiritualidade e esoterismo em alta

A revista L’Express explora as origens das crenças ocultas e faz um breve resumo sobre as abordagens espirituais desde a Idade Média até os dias atuais. A publicação enfatiza que apesar de ser um assunto de crescente interesse do público, são raros os especialistas em estudos de religiões, crenças e espiritualidade.

O titular de História das correntes esotéricas na Europa moderna e contemporânea na Escola Prática de Estudos Avançados, Jean-Pierre Brach salienta a importância do assunto:

“Estas temáticas representam uma seção importante do nosso universo cultural, com prolongamentos contemporâneos na mídia, nos jogos de videogame, nos quadrinhos, nas séries de televisão; é importante compreender de onde vem tudo isso”, disse Brach à revista.

Videntes, xamãs, druidas, bruxas, astrólogos e oráculos nunca estiveram tão na moda.
Videntes, xamãs, druidas, bruxas, astrólogos e oráculos nunca estiveram tão na moda. © Fotomontagem com fotos Pexels

Além disso, L’Express realça os grandes números em vendas de livros e oráculos na temática espiritual na França e destaca escritoras como Patricia Darré e Natacha Calestrémé, que ultrapassam as 600 mil cópias vendidas na última década.

Páginas da internet e redes sociais que falam sobre esoterismo e espiritualidade também são alvos de grande interesse popular. As maiores páginas francesas na rede Instagram na temática possuem entre 270 mil a 550 mil seguidores. Se compararmos com o Brasil, a atenção aos assuntos é ainda maior. Perfis como os das astrólogas Márcia Sensitiva e Lene Sensitiva acumulam apenas no Instagram 4,7 milhões e 5 milhões de fãs, respectivamente.

A reportagem aprofunda temas como carma, horóscopo e ocultismo e cita o clássico Livro dos Espíritos, publicado na França pela primeira vez em 1857 pelo francês Allan Kardec, tido como uma espécie de bíblia pelos espiritualistas brasileiros.

Por que eles detestam a França? 

“Estados Unidos, Argélia, Alemanha, Austrália… Uma viagem mundial pela francofobia” é a chamada da capa da revista Marianne.

A edição n° 1379 questiona os motivos das relações consideradas pouco amistosas culturalmente à França e descreve historicamente seu ponto de vista, e suas origens. 

O texto afirma que desde o final da Segunda Guerra Mundial, a Casa Branca constantemente influencia a opinião pública americana em ver a França como ameaça à “hegemonia do Tio Sam na Europa” e que tal comportamento difundiu o que a revista chama de “francofobia”. Na sequência, a reportagem de Marianne discorre sobre como a França e a Alemanha, também se posicionaram contra "a velha Europa".

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