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A Semana na Imprensa

Imprensa francesa cogita conflito entre China e EUA; especialistas apontam para invasão de Taiwan

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Conflitos armados voltaram a ganhar as manchetes das revistas francesas nesta semana. Além do confronto na Ucrânia, uma guerra entre China e Estados Unidos é considerada provável por especialistas norte-americanos. O motivo seria a possível invasão de Taiwan pelos chineses.

Um navio do Exército chinês em operação no entorno de Taiwan, em 08 de abril de 2023.
Um navio do Exército chinês em operação no entorno de Taiwan, em 08 de abril de 2023. © Eastern Theatre Command/Handout via REUTERS
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A revista francesa Le Point traz como reportagem de capa uma análise dos possíveis cenários, se a relação entre a China e os Estados Unidos chegue a um ponto extremo de tensão. Uma análise realizada pelo Centro de Estratégias e Estudos Internacionais (CSIS) aponta que, caso a China tente invadir Taiwan, os norte-americanos devem intervir para manter a independência da ilha. Com isso, os pesquisadores vão além: eles indicam que a perspectiva de um conflito aberto entre as duas superpotências mundiais é provável e deve acontecer entre os dias atuais e 2027.

Os pesquisadores apontam ainda que em 22 dos 24 cenários de guerra avaliados como possíveis, os Estados Unidos, numa coalizão com Taiwan e com o Japão, sairiam vencedores, resultado que justificaria, em suas opiniões, o motivo pelo qual a China ainda estaria mantendo uma posição pacífica.

Os Estados Unidos não têm nenhum interesse em começar uma guerra em que possuem todas as chances de saírem vencedores, afirmam. Até porque para os norte-americanos, não basta ganhar: o mais importante é tentar ao máximo não entrar em conflito com os chineses.

De acordo com o estudo, em um cenário de combate, a China teria uma capacidade bem maior que a dos Estados Unidos para reerguer e reorganizar seu exército e sua frota bélica. Além disso, em uma América totalmente polarizada pelo aumento do populismo, é bastante improvável que a presidência norte-americana tenha o apoio da população para entrar em uma batalha na defesa de uma ilha situada do outro lado do mundo. Enquanto isso, em Taiwan, autoridades mobilizam a população, e pela primeira vez as mulheres reservistas foram convocadas.   

Grupo Wagner é ameaça de guerra para nações além da Ucrânia

Ainda sobre o tema da guerra, a revista L’Express volta a destacar, em manchete, a importância do grupo Wagner como “braço armado” de Vladimir Putin contra o Ocidente. Além da Ucrânia, o grupo de mercenários atua também no Oriente Médio e na África, regiões em que representa uma ameaça à França.

De acordo com a publicação, o Wagner tem mais de 400 empresas que vão do serviço de mercenários a fábricas de desinformação online, passando por uma atuação de “aconselhamento político”. Na maioria das vezes, a função do grupo é uma só: atender os objetivos geopolíticos de seu mestre, Vladimir Putin. “Wagner foi criado para semear o caos, e os ocidentais começam, a duras penas, a entender o perigo que o grupo representa para as democracias”, afirmou à publicação Tatiana Stanovaya, cientista política e presidente do círculo de reflexão R.Politik.

O jornalista exilado Andrei Soldatov confirma: “Apesar de uma aparente autonomia e de se apresentar como uma milícia privada, o Wagner faz exatamente o que Putin manda. O grupo tem sua própria organização, mas está atribuído a missões estratégicas, e é enquadrado pelo serviço de inteligência russo”.

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