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A Semana na Imprensa

Imprensa francesa destaca lideranças e estratégias verdes contra o aquecimento global

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O lançamento de “O Grande Livro do Clima”, de Greta Thunberg, a ativista climática mais influente do planeta; uma grande reportagem sobre a “Mobilidade Verde”; um audacioso plano traçado pelas autoridades europeias para uma transição energética no continente, e a despedida a Bruno Latour, visionário avant la lettre das 'mutações' do clima. Em suas edições desta semana, as revistas francesas M, do Le Monde, L’Express e L’Obs comentam a "onda verde".

Greta Thunberg, que, aos 15 anos de idade se tornou ícone da luta contra as mudanças climáticas e que hoje, aos 19, publica um grande livro sobre o assunto, tema da imprensa francesa esta semana.
Greta Thunberg, que, aos 15 anos de idade se tornou ícone da luta contra as mudanças climáticas e que hoje, aos 19, publica um grande livro sobre o assunto, tema da imprensa francesa esta semana. via REUTERS - Jeff Overs/BBC
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Ela voltou com tudo depois de um “burn out” em 2020, e estampa a capa da revista semanal M, do jornal Le Monde. Estamos falando da jovem ativista sueca Greta Thunberg, que, aos 15 anos de idade se tornou ícone da luta contra as mudanças climáticas e que hoje, aos 19, publica um grande livro sobre o assunto e deseja passar o bastão deste protagonismo mundial a outras jovens lideranças verdes, como conta a revista.

Nos últimos dois anos, Greta Thunberg fugiu dos holofotes”, diz a publicação, lembrando que uma de suas últimas aparições públicas se deu recentemente, durante um show do músico sueco Hakan Hellström, quando denunciou a “falta de interesse pela crise climática durante as eleições legislativas da Suécia”. Mais da metade dos jovens suecos, paradoxalmente, deu as costas para o aquecimento global e “votou em massa no partido de extrema direita Democratas da Suécia, que não manifesta interesse no clima”.

A revista M destaca que “a jovem faz seu retorno mediático publicando um calhamaço pedagógico de 500 páginas, cujo lançamento mundial está previsto para 27 de outubro, dois meses antes do Natal”. No “Grande Livro do Clima”, editado na França pelo grupo Hachette, ela prefere “passar a palavra a uma centena de colaboradores de peso, como o economista [francês] Thomas Piketty, a ensaísta [norte-americana] Naomi Klein ou a romancista [canadense] Margaret Atwood”, publica a M. O livro tem uma dedicatória fatalista, na qual Greta Thunberg afirma, “que mesmo se agíssemos juntos, não escaparíamos”, diz a revista.

Capa da revista M do jornal Le Monde traz a jovem ativista sueca Greta Thunberg.
Capa da revista M do jornal Le Monde traz a jovem ativista sueca Greta Thunberg. © Reprodução

Mobilidade Verde, um desafio francês

Já a revista L’Express propõe uma grande reportagem para descobrir as alternativas francesas e europeias para uma “mobilidade verde”. Entre as soluções evocadas, em plena crise energética no Velho Continente, constam os carros elétricos de pequeno porte, os veículos impulsionados por painéis solares, que estocam a energia, e soluções propostas por estudiosos do hidrogênio. “Uma tendência depois da decisão tomada em junho pelo Parlamento Europeu, de proibir, a partir de 2035, a venda de veículos novos à base de motores térmicos para particulares”, lembra L’Express.

Mas o setor automobilístico francês não mira apenas as novas tecnologias, mas também serviços e plataformas que privilegiem soluções como o aplicativos de caronas (covoiturage, em francês). A revista publica que “um em cada dois franceses se diz pronto a adotar esse meio de transporte e 28%, sobretudo os mais jovens, gostariam de ver essa oferta aumentar”.

O adeus a um ecologista “avant la lettre”

A revista L’Obs presta uma última homenagem ao filosofo francês Bruno Latour, morto no domingo (9) em Paris aos 75 anos, um dos intelectuais mais respeitados do planeta e “o primeiro a levar a sério o aquecimento global”, destaca a revista francesa.

Para entender a guinada visionária de Latour, diz a L’Obs, é preciso “rebobinar o filme” de "um caminho de 50 anos de vida intelectual, que atravessou o declínio do marxismo, a globalização do capitalismo, a chegada do digital e o aparecimento da ameaça ecológica”.

Segundo a revista francesa, o centro do pensamento de Latour agrega sua “intuição disruptiva e original”, passando pela “desconstrução da ciência” para chegar à “modernidade precoce e visionária das ameaças climáticas”, muito antes das gerações que hoje a incorporam em protestos em todo o planeta.

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