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Exército israelense diz ter plano para retirar civis da Faixa de Gaza; Netanyahu fala em "vitória total"

O exército israelense afirma ter um plano para retirar civis das zonas de combate na Faixa de Gaza, que deve ser ainda examinado pelo gabinete de guerra. Israel continua a ameaçar um ataque a Rafah, no extremo sul do enclave palestino, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas de outras regiões se aglomeram precariamente. Mas o premiê Benjamin Netanyahu diz que plano pode atrasar a "vitória total" sobre o Hamas.

Deslocados palestinos se aglomeram para receber comida em Rafah, Faixa de Gaza (16/02/24).
Deslocados palestinos se aglomeram para receber comida em Rafah, Faixa de Gaza (16/02/24). AP - Fatima Shbair
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Por enquanto, não se sabe os detalhes do plano de retirada de civis, que ainda deve ser ratificado. Também nada foi divulgado sobre os possíveis locais de realocação da população de Gaza. Mas o que se sabe é que Israel está planejando uma operação militar reforçada em Rafah, na fronteira com o Egito.

Cairo é categórica: está fora de questão encaminhar todos esses palestinos para o Egito, relata o correspondente da RFI em Jerusalém, Sami Boukhelifa. Os civis encurralados em Rafah vêm de toda a Faixa de Gaza. À medida que o exército israelense avançou nos últimos meses, a população foi empurrada para sul. Está agora aglomerada em uma região considerada por Israel como “o último bastião do Hamas”.

Segundo a ONU, quase 1,5 milhão de palestinos, a grande maioria deslocados, estão amontoados nesta cidade, em condições extremamente precárias.

"Vitória total"

Segundo Benyamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, se a trégua entre Israel e o Hamas, atualmente em discussão, for concluída, apenas atrasaria a operação em Rafah. Com o plano de retirada de civis em ação, Israel estará a “algumas semanas” de uma “vitória total” sobre o movimento islâmico, disse ele. 

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou que 92 palestinos foram mortos em ataques noturnos na madrugada de segunda-feira (26). A assessoria de imprensa do governo do Hamas disse que 15 membros de uma mesma família morreram numa casa na Cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas é um dos assuntos discutidos esta segunda-feira em Genebra, na Suíça, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, a primeira desde o ataque do Hamas de 7 de outubro e o início da ofensiva israelense.

(Com agências)

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