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Acordo para suspender ataques israelenses na Faixa de Gaza pode ser concretizado em breve

Negociadores liderados pelos EUA estão cada vez mais perto de um acordo para interromper os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em troca de cerca de cem reféns que estão nas mãos do Hamas, segundo a mídia internacional. Os confrontos entre tropas israelenses e militantes grupo continuam no sul do enclave. A agência da ONU para refugiados palestinos está sob pressão após denúncias de participação de funcionários nos ataques de 7 de outubro. 

Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após ataque israelense (27/01/24).
Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após ataque israelense (27/01/24). AP - Fatima Shbair
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A notícia é manchete do jornal New York Times deste domingo e também do britânico The Guardian, citando a agência AP, que obteve informações de dois altos funcionários da administração do presidente americano Joe Biden.

Segundo o acordo, Israel suspenderia os ataques na Faixa de Gaza por cerca de dois meses em troca da liberação de mais de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas desde os ataques de 7 de outubro. Um esboço do documento deve ser discutido em Paris nos próximos dias.

Embora ainda existam divergências, os negociadores estão otimistas e acreditam que um acordo final esteja próximo, de acordo com o jornal norte-americano, que menciona fontes anônimas.

Agência da ONU sob pressão

Os combates entre as tropas israelenses e os combatentes do Hamas continuavam neste domingo no sul da Faixa de Gaza, levando milhares de deslocados em "condições desesperadoras" em direção à fronteira do território palestino com o Egito.

No território sitiado, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) está na mira das autoridades israelenses, que acusaram alguns funcionários da organização de envolvimento no ataque do Hamas de 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Israel quer garantias que a UNRWA não tenha nenhum papel em Gaza após o conflito, afirmou neste sábado o chefe da diplomacia do país, Yisrael Katz. O movimento palestino Hamas denunciou "ameaças" israelenses contra a agência.

Oito países suspenderam desde sexta-feira o envio de fundos à UNRWA: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Finlândia, Reino Unido, Itália, Países Baixos e Alemanha.

O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, considerou "chocante constatar a suspensão de fundos para a agência em resposta às acusações contra um pequeno grupo de funcionários". Segundo ele, medidas já foram tomadas e dessa ajuda "depende a sobrevivência de dois milhões de pessoas" em Gaza.

Sobrevivência de milhões de palestinos

A Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, instou esses países a recuar e fornecer "o máximo de apoio a esta organização internacional", que implementa programas essenciais para a vida e sobrevivência de milhões de palestinos no Oriente Médio.

Os combates estão concentrados atualmente em Khan Yunis, a maior cidade do sul de Gaza, e onde os dois principais hospitais abrigam milhares de deslocados.

Um deslocado de 28 anos morreu na entrada da sala de emergência do hospital Al Amal por disparos israelenses, informou o Crescente Vermelho Palestino.

Mais ao sul, centenas de milhares de civis estão aglomerados em Rafah, perto da fronteira com o Egito, onde vivem em "condições desesperadoras", segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

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