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Israel e palestinos anunciam que 24 soldados israelenses morreram na segunda-feira

O Exército israelense informou nesta terça-feira (23) que 24 soldados foram mortos em Gaza no dia anterior, o maior número em um único dia desde o início de sua operação terrestre em 27 de outubro do ano passado. O porta-voz do ministério da Defesa palestino também anunciou o mesmo número de mortos. 

Um porta-voz do exército israelense anunciou na terça-feira que 21 "reservistas" haviam sido mortos no dia anterior na Faixa de Gaza, o maior número diário de mortos do lado israelense desde o lançamento da ofensiva terrestre contra o território palestino em 27 de outubro.
Um porta-voz do exército israelense anunciou na terça-feira que 21 "reservistas" haviam sido mortos no dia anterior na Faixa de Gaza, o maior número diário de mortos do lado israelense desde o lançamento da ofensiva terrestre contra o território palestino em 27 de outubro. REUTERS - AMIR COHEN
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Vinte e um soldados morreram quando disparos de granadas de propulsão de foguetes (RPG) atingiram um tanque perto de dois edifícios onde realizavam uma operação, disse o porta-voz militar israelense Daniel Hagari em um comunicado televisionado.

Ele disse que o ataque ocorreu por volta das 16h (14h no horário de Brasília) de segunda-feira.

O RPG foi disparado contra um tanque que protegia as tropas quando uma explosão eclodiu em dois prédios próximos de dois andares, disse Hagari.

"Os edifícios desabaram como resultado dessa explosão, enquanto a maior parte da força estava dentro e perto dela", disse ele.

Os edifícios explodiram quando as tropas plantaram explosivos neles depois que as duas estruturas foram identificadas como "infraestrutura terrorista" na área, disse Hagari.

Uma equipe de retirada médica foi enviada, mas foi uma “operação complicada, que aconteceu até as últimas horas”, disse Hagari, indicando a dificuldade em extrair os corpos enterrados sob os escombros.

“Os reservistas dedicados, que defenderam a bandeira, sacrificaram o que lhes era mais caro pela segurança do Estado de Israel, para que todos possamos viver aqui em total segurança”, disse ele.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou a abertura de uma investigação militar após o “desastre” que levou à morte dos 21 reservistas num único ataque do movimento islâmico Hamas na Faixa de Gaza.

"Devemos aprender todas as lições e fazer tudo para preservar as vidas dos nossos combatentes", disse Netanyahu num comunicado, referindo-se a "um dos dias mais difíceis" desde o início da guerra. 

"Esta guerra determinará o futuro de Israel para as próximas décadas - a morte de soldados é necessária para

alcançar os objetivos desta guerra", declarou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, após apresentar 

condolências às famílias dos soldados mortos.

Outros três mortos

O exército já havia anunciado a morte de outros três soldados na segunda-feira, elevando o número total de vítimas do dia para 24 – o mais mortal desde que a ofensiva terrestre começou em Gaza.

Israel iniciou uma ampla ofensiva contra militantes do Hamas em Gaza depois que o grupo palestino atacou o sul de Israel em 7 de outubro.

Esse ataque resultou na morte de cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.

A violenta ofensiva retaliatória de Israel contra o Hamas em Gaza já matou 25.295 pessoas, a maioria delas mulheres, crianças e adolescentes, de acordo com o ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas.

Ofensiva em Khan Yunes

No início da terça-feira, testemunhas palestinas relataram disparos de artilharia israelense perto do hospital Nasser em Khan Yunes, a principal cidade no sul do território onde, segundo Israel, os líderes locais do Hamas estão escondidos.

O Crescente Vermelho Palestino acusou o exército israelense de realizar um ataque de artilharia no quarto andar de sua sede em Khan Yunes, e drones de abrir fogo, ferindo pessoas que haviam se refugiado no complexo médico.

De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), "as hostilidades estão se intensificando" na cidade, onde o exército israelense afirmou na segunda-feira ter assumido o controle dos postos de comando do Hamas.

A operadora de telecomunicações palestina Paltel anunciou um novo corte nas comunicações móveis e de internet, como resultado das operações militares israelenses no território, onde a situação já era crítica para os civis.

(RFI com agências)

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