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Risco de escalada regional da guerra em Gaza com ataques do Hezbollah libanês preocupa UE

O risco de escalada regional do conflito em Gaza aumentou neste sábado (6), após grupo Hezbollah libanês ter efetuado dezenas de disparos contra uma "base" militar no norte de Israel. Esta pode ter sido a primeira resposta do movimento armado à morte do número 2 do Hamas, promovida por Israel perto de Beirute, capital do Líbano. A força aérea israelense teria contra-atacado na região.

Estacionamento vazio de um complexo comercial na cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, em 5 de janeiro de 2024.
Estacionamento vazio de um complexo comercial na cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, em 5 de janeiro de 2024. © Jalaa Marey / AFP
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A força aérea israelense realizou novos ataques no sábado (6) na sitiada e devastada Faixa de Gaza, onde dezenas de palestinos morreram nas últimas 24 horas. A ONU descreveu o território como um "lugar inabitável de morte". 

A guerra implacável entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que entra em seu quarto mês no domingo (7), provoca temores de que a violência se espalhe pela fronteira entre Israel e o Líbano, no Iraque, na Síria e no Mar Vermelho.

Ainda no sábado, o Hezbollah libanês disparou dezenas de foguetes em direção a uma base militar em Meron, no norte de Israel, um ataque anunciado como sua primeira resposta à morte, atribuída a Israel, do número dois do Hamas, Saleh al-Aruri, na terça-feira. O exército israelense confirmou que uma base havia sido alvo de foguetes do vizinho Líbano.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, se posicionou diante de um cenário de novos confrontos entre o Hezbollah libanês, aliado do Hamas palestino em Gaza, e o exército israelense. "É imperativo evitar uma escalada regional no Oriente Médio. É absolutamente necessário evitar que o Líbano seja arrastado para um conflito regional", disse Borrell em uma coletiva de imprensa em Beirute. "Também estou enviando esta mensagem a Israel: ninguém sairá ganhando de um conflito regional", acrescentou.

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Gaza sofre

Os bombardeios israelenses se concentram em Rafah, cidade no extremo sul do enclave onde centenas de milhares de palestinos se refugiaram nas últimas semanas, tentando escapar dos confrontos. 

Os ataques no norte de Gaza também continuam. Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), os confrontos, a desnutrição e a situação sanitária criaram “um ciclo de morte que ameaça mais de 1,1 milhão crianças” no território. 

"Eles mataram nossos filhos, eles mataram nossos filhos, eles mataram nossos entes queridos", gritou uma mulher do lado de fora do hospital europeu em Khan Yunes, para onde foram levados os corpos dos palestinos mortos, de acordo com a AFP. 

Dentro do hospital, pais choravam ao lado dos corpos de seus filhos, enquanto parentes do lado de fora tentavam se consolar uns aos outros.

Os incessantes bombardeios israelenses mataram 22.722 pessoas no território palestino, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, e feriram mais de 58 mil, de acordo com os últimos números do Ministério da Saúde do Hamas. Esses números incluem 122 pessoas mortas nas últimas 24 horas, de acordo com essa fonte. 

(Com informações da AFP)

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