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Em Natal marcado por ataques contra a Ucrânia, Rússia afirma ter tomado cidade de Marinka

O exército russo assumiu o controle da cidade de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou nesta segunda-feira (25) o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, permitindo a Moscou continuar a sua ofensiva contra o Ocidente nesta região.

Militares ucranianos usam um holofote enquanto procuram drones no céu sobre a cidade durante um ataque russo, em Kiev, em 22 de dezembro de 2023.
Militares ucranianos usam um holofote enquanto procuram drones no céu sobre a cidade durante um ataque russo, em Kiev, em 22 de dezembro de 2023. © Gleb Garanich / Reuters
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“A cidade de Marinka, localizada cinco quilômetros a sudoeste de Donetsk, foi completamente libertada hoje”, disse Shoigu numa entrevista televisiva ao lado do presidente Vladimir Putin.

Marinka foi transformada pelo exército ucraniano num reduto desde 2014, quando teve início um conflito com os separatistas pró-Rússia liderados por Moscou, que tomaram, em particular, a cidade de Donetsk. De acordo com Shoigu, Marinka é “uma poderosa área fortificada conectada por passagens subterrâneas” que a protegem de artilharia e ataques aéreos.

“Graças às ações decisivas dos nossos soldados, a fortaleza foi destruída”, disse ele. “A libertação da localidade reduz naturalmente as capacidades de defesa das Forças Armadas da Ucrânia e nos dá oportunidades adicionais para continuar a nossa ação neste sentido”, acrescentou.

Putin comemorou o fato de a captura de Marinka manter as tropas ucranianas afastadas de Donetsk, a capital regional sob controle russo, que tem sido regularmente alvo de bombardeios ucranianos desde 2014.

“Reduzimos significativamente o alcance da ação de artilharia perto de Donetsk (...) e isto permite agora que Donetsk seja defendida de forma mais eficaz contra os ataques”, sublinhou também Shoigu.

Marinka, como zona fortificada, “dá às nossas tropas a possibilidade de ter um espaço operacional mais amplo”, afirmou por sua vez Vladimir Putin.

Ataque de drones

A Força Aérea ucraniana relatou um novo ataque noturno de drones russos nesta segunda-feira (25), alegando ter abatido 28 dos 31 dispositivos disparados, enquanto os ucranianos celebram o Natal pela primeira vez na sua história em 25 de dezembro e não em 7 de janeiro como os russos ortodoxos.

Este ataque usando drones Shahed, de fabricação iraniana, teve como alvo as regiões ao sul de Odessa, Kherson, Mykolaiv, a região leste de Donetsk e a região oeste de Khmelnytsky, disseram as forças ucranianas no Telegram.

“Durante o ataque aéreo, o inimigo também lançou um míssil aéreo guiado Kh-59 em direção a Zaporijia (sul) e um míssil anti-radar Kh-31P a partir das águas do Mar Negro.

Em Odessa, um grande porto do Mar Negro, os destroços de um drone abatido danificaram instalações portuárias e edifícios. Também prejudicaram um prédio administrativo fora de serviço e um armazém, provocando um incêndio que foi “rapidamente apagado”, disse o Comando Sul do exército ucraniano. Nenhuma vítima foi relatada.

A Rússia tem como alvo regular cidades ucranianas usando drones e mísseis, a maioria dos quais são normalmente abatidos pelas defesas aéreas ucranianas.

Por outro lado, a Ucrânia bombardeia regularmente regiões fronteiriças russas ou cidades sob ocupação russa, como Donetsk. Vários drones também atacaram a capital russa, Moscou, no ano passado.

(Com informações da AFP)

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