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Equipes de resgate correm contra o tempo para retirar trabalhadores indianos de túnel

Apenas 14 metros separam os serviços de resgaste dos 41 trabalhadores bloqueados em um túnel na Índia há quase duas semanas, anunciaram nesta sexta-feira (24) as autoridades do país, que esperam resgatá-los nas próximas horas.  Escavadeiras retiram toneladas de terra, concreto e escombros desde 12 de novembro da construção que desabou parcialmente no estado de Uttarakhand, no norte, na cordilheira do Himalaia.

Equipes de resgate estão há 14 metros dos trabalhadores presos em um túnel no estado de Uttarakhand, na Índia.
Equipes de resgate estão há 14 metros dos trabalhadores presos em um túnel no estado de Uttarakhand, na Índia. AP
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Após dias de progresso lento, os engenheiros conseguiram avançar utilizando uma máquina de perfuração, mas o processo foi interrompido na noite desta quarta-feira, a dez metros do fim, por barras de metal que bloqueavam o caminho.

Os engenheiros trabalham há dias para colocar um tubo de aço em 57 metros de terra, concreto e escombros que mantêm os trabalhadores presos desde 12 de novembro. "Temos que perfurar mais 14 metros dentro do túnel", disse à imprensa nesta sexta-feira Bhaskar Khulbe, encarregado de supervisionar as operações de resgate.

 "Se tudo correr bem, esperamos chegar até eles à noite", acrescentou, especificando que "os trabalhadores presos estão confiantes". Um comunicado do governo advertiu, no entanto, que este prazo poderia "ser prorrogado devido a problemas técnicos, ao terreno difícil do Himalaia e imprevistos".

Do lado de fora, há ambulâncias e um hospital de campanha para receber os 41 homens, presos em um espaço com 8,5 metros de altura e dois quilômetros de extensão. Atul Karwal, chefe da força nacional de intervenção para gestão de desastres, informou que as equipes de resgate foram treinadas para retirar os trabalhadores através do tubo de aço o mais rápido possível.

"Colocamos rodas nas macas para que possamos retirá-las uma a uma quando entrarmos", explicou. O túnel afetado faz parte de um plano para ligar as cidades de Silkyara e Dangalgaon, que abrigam dois dos mais sagrados templos hindus, Uttarkashi e Yamunotri.

Conexão entre templos hindus

A obra é parte de um projeto do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para melhorar a conexão entre alguns dos santuários hindus mais populares e modernizar o acesso às regiões próximas à fronteira com a China. Vários especialistas alertaram sobre o impacto das grandes construções em Uttarakhand, onde muitas áreas são propensas a deslizamentos de terra.

Os acidentes em grandes obras de infraestruturas são frequentes na Índia. Ao menos 200 pessoas morreram em janeiro por enchentes repentinas no estado de Uttarakhand, uma catástrofe que os especialistas atribuíram parcialmente a um excessivo desenvolvimento urbano e de infraestrutura.

(Com informações da AFP)

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