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Ministro israelense afirma que Netanyahu não pretende ocupar Gaza após guerra contra o Hamas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “não falou em ocupar Gaza” após a guerra com o Hamas, disse Ron Dermer, ministro israelense para Assuntos Estratégicos, durante entrevista na noite de terça-feira (07) ao canal norte-americano MSNBC.

Soldados israelenses marcham em ofensiva terrestre na Faixa de Gaza em 07 de novembro de 2023.
Soldados israelenses marcham em ofensiva terrestre na Faixa de Gaza em 07 de novembro de 2023. via REUTERS - ISRAEL DEFENSE FORCES
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"Nós saímos completamente de Gaza há 17 anos e nos devolveram um estado terrorista. Não podemos repetir isto, é óbvio. Quando o Hamas deixar o poder e após acabar com essa estrutura, Israel vai precisar de uma visão geral de responsabilidade de segurança por um período indefinido", disse Dermer, que atua como observador no gabinete de guerra israelense.

Questionado sobre como o país exercerá esta responsabilidade, Dermer reconheceu que a questão permanece em aberto, mas afirmou “que não será uma ocupação”.

Os comentários do ex-embaixador israelense nos Estados Unidos, próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, surgem depois de Washington ter dito que se opunha a uma nova ocupação de longo prazo de Gaza por parte de Israel.

“Em geral, não apoiamos a reocupação de Gaza e Israel também não a apoia”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, aos jornalistas na terça-feira.

Netanyahu já havia dito na segunda-feira que queria que Israel assumisse “a responsabilidade geral pela segurança” do território após a guerra.

"Estamos tendo discussões ativas com os nossos homólogos israelenses sobre como deveria ser a Faixa de Gaza após o conflito. O presidente (Joe Biden) mantém a sua posição de que uma reocupação pelas forças israelenses não é o certo a se fazer", disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, durante uma coletiva de imprensa.

“Não há nenhuma dúvida de que o Hamas não pode fazer parte da equação”, acrescentou.

O porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanou, reagiu às declarações no Telegram, dizendo que "o que Kirby disse sobre o futuro de Gaza depois do Hamas é uma fantasia. O nosso povo está em simbiose com a resistência e só ele decidirá o seu futuro".

"Quem irá gerir Gaza? Se for uma força palestina que governa Gaza para o bem-estar dos seus habitantes e sem querer destruir Israel, então podemos discutir", indicou Dermer.

Operações seguem em Gaza

O Exército israelense faz operações contra combatentes do Hamas no centro da cidade de Gaza, onde a situação de milhares de habitantes que não se deslocaram para o sul do território palestino é cada vez mais desesperadora, pelos bombardeios intensos.

Segundo militares, um dos ataques matou Mohsen Abu Zina, apontado como "um dos principais desenvolvedores de armas estratégicas e foguetes usados ​​pelos combatentes do movimento extremista islâmico".

O ministro da Defesa Yoav Gallant reafirmou que o objetivo da ofensiva é “destruir o Hamas”. Apesar dos apelos da ONU e dos países árabes, o premiê Benjamin Netanyahu reiterou que “não haverá trégua humanitária sem o retorno dos 240 reféns” capturados pelo grupo palestino.

Neste 33° dia da guerra, uma sexta lista de pessoas com passaportes estrangeiros e palestinos gravemente feridos pôde deixar a Faixa de Gaza para o Egito. Mas os 34 brasileiros ficaram novamente de fora, apesar de Israel ter prometido que até esta quarta eles seriam autorizados a deixar o enclave.

(Com informações da AFP)

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