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Secretário de Estado dos EUA reforça apoio a Israel em Tel Aviv e deplora "terror do Hamas"

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, prometeu nesta quinta-feira (12), durante uma visita a Tel Aviv, que os Estados Unidos "sempre" apoiarão Israel e disse que as "aspirações legítimas" dos palestinos não eram representadas pelo movimento islâmico Hamas.

O secretário de Estado americano Antony Blinken e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante declarações diante da imprensa na Kirya, sede do Ministério da Defesa de Israel, após reunião em Tel Aviv, Israel, nesta quinta-feira, 12 de outubro de 2023.
O secretário de Estado americano Antony Blinken e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante declarações diante da imprensa na Kirya, sede do Ministério da Defesa de Israel, após reunião em Tel Aviv, Israel, nesta quinta-feira, 12 de outubro de 2023. via REUTERS - POOL
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"Vocês podem ser fortes o suficiente para se defenderem sozinhos, mas enquanto os Estados Unidos existirem, vocês nunca terão que fazer isso. Estaremos sempre ao seu lado", disse Blinken em uma coletiva de imprensa após sua reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

"Reinado de Horror"

"Qualquer pessoa que queira paz e justiça deve condenar o reinado de terror do Hamas. Sabemos que o Hamas não representa o povo palestino ou suas aspirações legítimas de viver em segurança, de acordo com os princípios de liberdade, justiça e dignidade", acrescentou.

Durante uma visita a Israel para demonstrar sua solidariedade com o país após a ofensiva do Hamas no sábado, que deixou pelo menos 1.200 pessoas mortas em Israel, Blinken também deu um novo número de mortes confirmadas de pelo menos 25 cidadãos americanos.

Pogroms antissemitas

Blinken lembrou que seu avô havia fugido dos pogroms antissemitas na Rússia e que seu sogro havia sobrevivido aos campos de concentração nazistas. "Estou diante de vocês não apenas como secretário de Estado dos Estados Unidos, mas também como judeu", disse Blinken, que é de origem laica.

"Também estou diante de vocês como marido e pai de filhos pequenos. É impossível para mim olhar para as fotos das famílias mortas, como a mãe, o pai e três filhos pequenos assassinados enquanto estavam abrigados em sua casa no Kibbutz Nir Oz, e não pensar em meus próprios filhos", acrescentou.

Blinken prometeu que a administração do presidente Joe Biden e o Congresso dos EUA trabalhariam juntos para atender às exigências militares de Israel, que contam com amplo apoio de todo o espectro político.

Grupo Estado Islâmico

Netanyahu, falando ao lado de Blinken, agradeceu aos Estados Unidos por seu apoio e disse que o Hamas, que está no poder na Faixa de Gaza desde 2007, deveria ser tratado como o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que cometeu atrocidades na Síria e no Iraque há alguns anos.

"Assim como o grupo EI foi esmagado, o Hamas também será esmagado. E o Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma", disse Netanyahu.

Na madrugada de 7 de outubro, no meio do Shabat, o período de descanso semanal dos judeus, e no último dia das festividades de Sukkot, centenas de combatentes do Hamas se infiltraram em Israel vindos da Faixa de Gaza em veículos, por via aérea e marítima, espalhando o terror em um ataque que matou mais de mil civis nas ruas, nas casas e até mesmo em um festival de música.

Israel retaliou declarando guerra para destruir a capacidade de ação do Hamas, bombardeando a Faixa de Gaza e enviando dezenas de milhares de soldados ao redor do território, no sul do país e na fronteira norte com o Líbano, onde são frequentes as trocas de tiros com o Hezbollah pró-iraniano, aliado do Hamas.

Do lado palestino, o número de mortos pelos bombardeios chegou a 1.354 na quinta-feira, de acordo com as autoridades de Gaza.

(Com AFP)

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