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Após encontro na Rússia, Putin aceita convite de Kim Jong-Un para visitar Coreia do Norte

O presidente russo, Vladimir Putin, aceitou um convite do líder Kim Jong-Un para visitar a Coreia do Norte, informou nesta quinta-feira (14) a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Os dois governantes comemoraram a "cooperação e amizade entre nossos países", durante um encontro no Cosmódromo de Vostochny, no extremo leste da Rússia.

Kim Jong-Un e Vladimir Putin durante um encontro em Vostochny, nesta quarta-feira.
Kim Jong-Un e Vladimir Putin durante um encontro em Vostochny, nesta quarta-feira. AP
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Após uma reunião realizada na quarta-feira (13), "Kim Jong-Un convidou Putin para visitar a Coreia do Norte quando for conveniente", segundo a KCNA. "Putin aceitou o convite com prazer e reafirmou sua vontade de avançar com a história e tradição de amizade entre os dois países", acrescentou.

Moscou busca fortalecer suas alianças com governantes de outros países isolados, e a Coreia do Norte faz parte deles. De acordo com Putin, durante a visita está previsto que o líder norte-coreano assista a um desfile de navios militares russos, para "demonstrar as capacidades da Frota do Pacífico".

O líder norte-coreano disse na quarta-feira a Putin que está certo de que a Rússia vai alcançar "uma grande vitória" contra seus inimigos, enquanto os aliados ocidentais da Ucrânia alertaram para um possível acordo armamentista entre Rússia e Coreia do Norte.

"Houve uma conversa a portas fechadas entre os dois líderes", de acordo com a KCNA. "A glória da Rússia, que produziu os primeiros conquistadores do espaço, será imortal", escreveu Kim no livro de visitas.

A Rússia, que sofre sanções do Ocidente após a invasão da Ucrânia, em 22 de fevereiro no ano passado, busca fortalecer suas alianças com outros países isolados.

Compra de armas   

Durante o encontro, Putin destacou o "fortalecimento da cooperação e amizade" entre os dois países ao receber Kim no Cosmódromo de Vostochny, no extremo leste do país. Ele disse aos jornalistas que vê "possibilidades" na cooperação militar com a Coreia do Norte. Ele também anunciou que Moscou ajudará Pyongyang a construir satélites.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, manifestou sua preocupação diante de uma eventual cooperação no âmbito dos satélites, o que "suporia uma violação de várias resoluções da ONU" contra o programa militar e de mísseis norte-coreano.

Autoridades americanas e especialistas frisaram que a Rússia tem interesse em adquirir munições norte-coreanas para a guerra na Ucrânia.

Durante a visita de Kim à Rússia, Pyongyang disparou nesta quarta dois mísseis balísticos, indicaram as Forças Armadas da Coreia do Sul. Este lançamento é o mais recente de uma série de testes que violam as sanções internacionais.

Ao brindarem durante um jantar oficial após as conversas, Kim disse a Putin: "Estamos convencidos de que o Exército russo e o povo russo vão obter uma grande vitória na luta justa para punir os grupos malignos que buscam hegemonia, expansão e ambição".

Com informações da AFP

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