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Pequim adere à narrativa de que suposta expansão da Otan na Ásia teria determinado invasão russa

Pequim se diz "preocupada com a expansão da Otan para o leste". É assim que as autoridades comunistas percebem a possibilidade da Aliança do Atlântico Norte, capitaneada pelas maiores potências ocidentais, abrir um escritório de ligação na Ásia, de acordo com relatos da imprensa. A diplomacia chinesa pediu na quinta-feira (4) "a máxima vigilância". A narrativa corrobora a versão russa de que a invasão da Ucrânia teria sido determinada por essa "expansão" ocidental.

As autoridades chinesas têm repetidamente compartilhado a análise de Moscou de que a suposta expansão da OTAN no leste da Europa foi um dos fatores por trás da entrada da Rússia na guerra.
As autoridades chinesas têm repetidamente compartilhado a análise de Moscou de que a suposta expansão da OTAN no leste da Europa foi um dos fatores por trás da entrada da Rússia na guerra. © REUTERS / JOHANNA GERON
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Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim

Filipinas, Japão, Coreia do Sul: Pequim aponta o apoio dos Estados Unidos a estes países como um estrangulamento norte-americano da Ásia. E quando o jornal Nikkei, que publicou a notícia de que a Otan estava pensando em abrir um escritório em Tóquio, perguntou a uma das porta-vozes da diplomacia chinesa sobre o assunto, ela respondeu: "A expansão contínua da Otan para o leste na região da Ásia-Pacífico, sua interferência nos assuntos regionais, suas tentativas de destruir a paz e a estabilidade regionais e sua pressão para o confronto entre os blocos exigem grande vigilância por parte dos países da região".

Trata-se da diplomata Mao Ning, que já em fevereiro deste ano instou a Otan a "parar de desestabilizar a região da Ásia-Pacífico e o mundo". A desconfiança de Pequim em relação à Aliança do Atlântico Norte, no entanto, não é nova.

Alianças e contra-alianças

Em muitas ocasiões, as autoridades chinesas compartilharam a análise de Moscou de que a suposta expansão da Otan para a Europa Oriental foi um dos fatores por trás da entrada da Rússia na guerra.

Agora, a China está denunciando a aproximação entre Seul e Tóquio sob a égide dos EUA, caricaturada no China Daily como uma águia norte-americana usando um anel com as cores do Japão, e outra com a bandeira sul-coreana nas patas.

Fazendo alianças e contra-alianças, o ministro das Relações Exteriores da China esteve em Mianmar na terça-feira (2). Ele estará no Paquistão nesta sexta-feira (5) para falar sobre o Afeganistão.

Nesta manhã, o Global Times afirmou que o Exército de Libertação Popular enviará tropas ao Laos em maio para participar de exercícios militares conjuntos descritos como um "escudo da amizade".

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