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Varíola dos macacos já matou 3 pessoas fora da África; Espanha anuncia segundo óbito em 24 horas

Uma segunda pessoas morreu na Espanha após contrair a varíola dos macacos. O anúncio foi feito neste sábado (30), menos de 24 horas após a divulgação do primeiro óbito no país relacionado à doença.

A vacina contra a varíola dos macacos está sendo utilizada em alguns países, entre eles, os Estados Unidos, a França e a Espanha.
A vacina contra a varíola dos macacos está sendo utilizada em alguns países, entre eles, os Estados Unidos, a França e a Espanha. REUTERS - DADO RUVIC
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"Entre os 3.750 pacientes (...) 120 casos foram internados e dois morreram", declarou o Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias da Espanha em seu último relatório. O documento não precisa a data da segunda morte. 

Estas são as primeiras vítimas na Europa de pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos. Na sexta-feira (29), o Brasil anunciou um primeiro óbito, um homem de 41 anos.

Desde maio, um total de sete mortes foram registradas em todo o mundo. As cinco primeiras foram relatadas na África, onde a doença é endêmica e foi detectada pela primeira vez em humanos, em 1970.

Europa concentra número de casos

A maioria das contaminações está concentrada na Europa, com 70% dos detectados desde o início de maio. Em segundo lugar está o continente americano, que registrou 25% das infecções, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde da Espanha não forneceu mais detalhes sobre as vítimas, especificando que os óbitos eram dois pacientes contaminados pela varíola dos macacos. Para as autoridades, "análises poderão ocorrer posteriormente para poder determinar a causa da morte".

A Espanha é um dos países com mais casos da doença do mundo. No total, 4.298 pessoas foram infectadas, informou o último balanço do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do país.

Mortes devem aumentar na Europa

A OMS indicou neste sábado que o número de mortes relacionadas à varíola dos macacos deve aumentar na Europa nos próximos dias e semanas. No entanto, de acordo com o escritório regional da organização, as complicações severas ocasionadas pela doença são raras.

A multiplicação de casos levou a OMS a emitir, em 24 de julho, o mais alto nível de alerta de Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (USPPI). Na última quarta-feira (27), a organização sugeriu, como medida preventiva, que os homens que mantêm relações sexuais com outros homens diminuam o número de parceiros. Fora da África, cerca de 18 mil contaminações foram registradas em todo o mundo desde maio.

Para Catherine Smallwood, responsável pelas situações de emergência da OMS na Europa, o objetivo agora deve ser "interromper rapidamente a transmissão do vírus para colocar um fim à epidemia". Em sua opinião, na maioria dos casos, os doentes se recuperam por conta própria, sem a necessidade de tratamento, embora "a varíola dos macacos possa resultar em graves complicações".

Alguns países, como os Estados Unidos, a França e a Espanha, já começaram a oferecer a vacina contra a doença. Ainda não há previsão de quando o imunizante chegará ao Brasil. A OMS ressalta que não há doses para uma imunização geral da população e pede que a prioridade seja dada aos grupos de risco, aos doentes, profissionais de saúde e pesquisadores. 

(Com informações da AFP

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