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Saiba quem foram os líderes políticos assassinados na última década

O assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, nesta sexta-feira (8), provocou comoção internacional. O ataque visando o ex-premiê de 67 anos, abatido durante um comício, engrossa a lista dos líderes políticos assassinados.

A morte do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe reavivou a memória de outros países que viram seus líderes alvos de ataques que tiraram suas vidas.
A morte do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe reavivou a memória de outros países que viram seus líderes alvos de ataques que tiraram suas vidas. POOL/AFP/File
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Quando se pensa em assassinatos de líderes políticos, os primeiros nomes que vêm à cabeça são o do ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, morto em 1963, em um crime que entrou para a história alimentou vários cenários de filmes. Ou, ainda, o assassinato, em 1984, da primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi, abatida por dois de seus seguranças, integrantes da seita sikh. A morte do premiê israelense Itzak Rabin, vítima de um radical de direita, em 1995, também ficou na memória. No entanto, vários outros líderes internacionais foram assassinados apenas na última década e, em muitos casos, os crimes continuam sem solução até hoje.

Jovenel Moise – A morte de Shinzo Abe aconteceu um dia após o aniversário de um ano do assassinato do presidente do Haiti. Jovenel Moise foi abatido em 7 de julho de 2021 em sua casa por um comando armado e, um ano depois, nenhum responsável foi condenado. O episódio afundou ainda mais na crise um dos países mais pobres do continente americano.

Alexandre Vladimirovitch Zakhartchenko – O presidente da autoproclamada República popular de Donetsk, na Ucrânia, foi morto, em 2018, em uma explosão contra uma cafeteria no centro de Donetsk. A Rússia acusou o governo ucraniano de estar por trás do ataque, em um momento em que o Kremlin já ampliava a sua presença na Ucrânia, após a anexação da Crimeia, em 2014.

Muammar Kadafi – o ditador líbio foi executado em 2011 quando se refugiava em seu reduto em Sirte, no norte da Líbia, em plena guerra no país. As circunstâncias da morte não foram esclarecidas até hoje. Mais de dez anos após o seu assassinato, a Líbia ainda sofre para realizar uma transição à democracia.

João Bernardo Vieira – presidente de Guiné Bissau foi assassinado em 2009 por homens armados que invadiram sua residência oficial. O ataque teria sido uma resposta ao atentado a bomba que custou a vida do chefe do Estado Maior, Batista Tagme Na Waie, um de seus rivais. Mas a falta de provas fez com que ninguém fosse realmente punido pelo crime.

Akhmad Kadyrov – o líder dos independentistas chechenos foi nomeado chefe do governo da República da Chechênia em 2000, e presidente em 2003, depois de ter se aliado a Moscou. Pai do atual presidente checheno Ramzan Kadyrov, ele foi uma das vítimas fatais do atentado no estádio de Grozny, em 2004. O Kremlin afirma que o ataque foi realizado por radicais islâmicos, mas o governo russo chegou a ser acusado de ser o responsável pelo atentado.

Zoran Đinđić – o primeiro-ministro da Sérvia foi assassinado em 2003 com uma bala no coração. O premiê, que já havia sido vítima de outras tentativas de assassinato, tinha vários inimigos em razão de sua postura pró-ocidente, suas reformas políticas e o combate ao crime organizado. O assassinato foi orquestrado por Milorad Ulemec, ex-chefe do serviço secreto de Slobodan Milošević, ex-presidente sérvio, opositor de Đinđić.

Laurent-Désiré Kabila – o presidente da República Democrática do Congo foi assassinado em 2001 por um dos membros de sua própria guarda. As condições de sua morte, que aconteceu no dia do aniversário de 40 anos do assassinato de outro líder do país, Patrice Lumumba, são misteriosas. Sem encontrar os mandantes do crime, a Justiça condenou mais de 100 pessoas, muitas delas reconhecidas depois como inocentes, mas que passaram anos na prisão. Apenas um dos primos de Kabila, o coronel Eddy Kapend, foi condenado à morte. Mas a pena nunca foi executada e, em 2021, ele foi anistiado pelo atual presidente, Félix Tshisekedi.

Birendra Bir Bikram Shah De – o rei do Nepal foi morto em 2001 pelo próprio filho. O assassinato aconteceu durante um jantar no palácio real quando o soberano pediu que o príncipe Dipendra, embriagado, deixasse a festa após ter brigado com um dos convidados. O jovem retorna uma hora depois com duas armas, atira em toda a família e em si próprio, com uma bala na cabeça. O rei morre imediatamente e o príncipe, que ficou em coma durante três dias, chegou a ser proclamado rei por se o primeiro na linha de sucessão. No entanto, Dipendra não resistiu aos ferimentos e seu tio, Gyanendra, ficou com o trono, que ocupou até 2008, quando a monarquia foi abolida no Nepal.

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