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Britânico tenta sair do Iraque com pedras antigas na mala e é condenado a 15 anos de prisão

Um britânico de 66 anos, considerado culpado de tentativa de tráfico de antiguidades do Iraque, foi condenado a 15 anos de prisão por um tribunal de Bagdá, que absolveu outro réu, um alemão de 60 anos. Ambos tentavam deixar o país carregando pedaços de pedras e cerâmicas.

À esquerda, o geólogo aposentado britânico James Fitton, 66 anos, condenado a cinco anos de prisão no Iraque. O alemão Volker Waldmann, à direita, foi absolvido. A foto mostra os réus em Bagdá, em 22/5/22.
À esquerda, o geólogo aposentado britânico James Fitton, 66 anos, condenado a cinco anos de prisão no Iraque. O alemão Volker Waldmann, à direita, foi absolvido. A foto mostra os réus em Bagdá, em 22/5/22. © AFP - SABAH ARAR
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A sentença prevista para o crime cometido por James Fitton "é a morte por enforcamento". Mas o tribunal decidiu "mudar a pena para 15 anos de prisão devido à idade avançada do acusado", afirmou o juiz no veredicto. O advogado do britânico anunciou que vai recorrer.

O tribunal considerou que "não encontrou evidências suficientes" para condenar o alemão Volker Waldmann.

Os dois homens compareceram ao tribunal penal de Al-Karj em Bagdá vestidos com o macacão amarelo usado pelos prisioneiros no Iraque. Questionados pelo juiz se eles se consideravam "culpados ou inocentes de tráfico de antiguidades", cada um deles respondeu: "Inocente".

Viagem de turismo

James Fitton, geólogo britânico aposentado, e Volker Waldmann, psicólogo de Berlim, foram detidos em 20 de março no aeroporto de Bagdá, com lascas de pedra e cerâmicas nas bagagens. Eles estavam no Iraque em uma viagem organizada e não se conheciam antes.

A mala de Fitton continha dez fragmentos de pedras e cerâmicas. Waldmann estava de posse de dois fragmentos que, segundo ele, foram entregues pelo colega de viagem.

O juiz considerou em seu veredicto que Fitton tinha "consciência" de que o local onde coletou os fragmentos era "um sítio arqueológico" e que é "ilegal" apropriar-se destes, o que significa que houve uma "intenção criminosa", o que foi negado por seu advogado.

Após décadas de conflitos, o governo iraquiano abre aos poucos seu território ao turismo. Mesmo se praticamente não dispõe de infraestruturas adaptadas, o país começa a receber cada vez mais visitantes ocidentais.

Traumatizadas pelos saques de antiguidades que permearam os diferentes conflitos vividos pelo país, as autoridades locais são cada vez mais vigilantes quanto ao respeito de seu patrimônio.

(Com informações da AFP)

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