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Covid-19: mais de 60% dos chineses desistem de viajar no feriado do Dia do Trabalho

No primeiro dia de um fim de semana prolongado por causa do Dia do Trabalho, Pequim anunciou, neste sábado (30), que vai reforçar ainda mais as medidas de combate à Covid-19.  Os chineses geralmente aproveitam essa época para viajar, mas, este ano, os planos de milhares de pessoas foram frustrados. Mais de 70 megalópoles estão confinadas ou semiconfinadas devido a uma explosão de contaminações.

Os moradores de Pequim são testados em massa. Em 25 de abril de 2022.
Os moradores de Pequim são testados em massa. Em 25 de abril de 2022. AFP - JADE GAO
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Com informações de Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim

Milhares de moradores deverão permanecer em suas casas devido ao surto mais grave no país desde que o vírus foi detectado, no fim de 2019, e da primeira onda da doença, no início de 2020. Com as drásticas restrições, poucos chineses viajarão neste fim de semana. O ministério dos Transportes prevê uma queda de 62% no número de viajantes para este feriado de 1º de maio.

Para combater a variante ômicron, que é muito contagiosa, as autoridades chinesas reforçaram a política "covid zero", que consiste em testes em larga escala e confinamentos assim que são detectados os primeiros casos.

Com o uso de megafones, as brigadas de saúde convocam a população de Pequim a se testar. Desde a semana passada, os 22 milhões de habitantes da capital chinesa estão sendo submetidos a uma campanha massiva de rastreio da doença: um teste de Covid-19 de dois em dois dias, medida que deve continuar durante as férias para quem quiser passear nos parques, locais turísticos e hotéis chineses.

Um teste negativo de menos de 48 horas será exigido para o retorno ao trabalho e à escola, se as aulas forem retomadas em cinco dias.

A partir de 5 de maio, um teste de Covid-19 negativo, realizado na última semana, será obrigatório para entrar em "muitos locais e usar o transporte público". Para eventos esportivos e viagens, será necessário apresentar um teste negativo, feito nas últimas 48 horas, juntamente com um comprovante do esquema de vacinação completo. A notícia foi divulgada na conta do aplicativo WeChat da capital chinesa.

Só neste sábado, a China registrou 10.700 novos casos de Covid-19, a maioria em Xangai, a capital econômica do país. Esta metrópole, localizada na região leste, está em lockdown há quase um mês e é o maior foco ativo da doença no país, com quase 10.100 novos casos. O número, no entanto, está em queda e representa quase metade da incidência observada no início de abril. Porém, os moradores já enfrentam falta de comida e muitos participaram de protestos batendo panelas nas janelas dos grandes conjuntos habitacionais da megalópole chinesa.

Em Pequim, foram registrados 54 casos nas últimas 24 horas, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

As medidas sanitárias rígidas provocaram uma desaceleração da economia chinesa e uma revolta crescente entre a população. Mais de 80% da população chinesa está vacinada contra a Covid-19, mas as vacinas utilizadas no país têm eficácia limitada contra a variante ômicron. 

(Com informações da AFP e da RFI)

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