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China alega “motivações políticas” e recusa nova investigação da OMS sobre origens da Covid-19

A China rejeitou nesta sexta-feira (13) o apelo da Organização Mundial da Saúde para uma nova investigação em seu território para encontrar as origens da Covid-19, pedindo uma abordagem "científica" e não "política" do caso. A pressão sobre Pequim aumenta com o agravamento da pandemia, que já ceifou mais de 4 milhões de vidas em todo o mundo e prejudicou grande parte das economias mundiais.

A pressão sobre Pequim aumenta com o agravamento da pandemia que já ceifou mais de 4 milhões de vidas em todo o mundo.
A pressão sobre Pequim aumenta com o agravamento da pandemia que já ceifou mais de 4 milhões de vidas em todo o mundo. STR AFP/File
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A OMS pediu nesta quinta-feira (12) que todos os países publicassem "todos os dados sobre o vírus". Um apelo dirigido em particular à China, onde o vazamento do coronavírus de um laboratório em Wuhan, cidade onde foi detectado no final de 2019, permanece uma possibilidade.

Uma equipe de especialistas internacionais enviada pela OMS visitou Wuhan em janeiro deste ano. Mas o relatório da investigação, redigido em colaboração com pesquisadores chineses, não permitiu estabelecer uma conclusão definitiva sobre a origem do vírus.

Pequim respondeu à OMS nesta sexta-feira reiterando sua posição defendida nos últimos meses: a investigação inicial China-OMS é suficiente, e os pedidos de dados adicionais têm segundas intenções políticas. "Apoiamos pesquisas baseadas na ciência", declarou Ma Zhaoxu, vice-ministro das Relações Exteriores, em uma entrevista coletiva online. “Nós nos opomos à politização da procura das origens (...) e ao abandono da articulação” do relatório China-OMS, frisou.

Cenário mais provável

Em destaque, o estudo estimou que a passagem do coronavírus do morcego para os humanos por meio de um animal intermediário é o cenário mais provável. O relatório considerou "extremamente improvável" que o vírus viesse de um laboratório.

Ma Zhaoxu rejeitou os pedidos da OMS para uma investigação mais aprofundada. "As conclusões e recomendações do relatório conjunto foram reconhecidas pela comunidade internacional e pela comunidade científica", acrescentou ele. "Pesquisas futuras devem e só podem ser realizadas com base neste relatório. Não se trata de começar tudo de novo."

(Com informações da Reuters)

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