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OMS aprova uso emergencial da CoronaVac do laboratório chinês Sinovac

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1º), o uso emergencial da vacina chinesa anti-Covid do laboratório Sinovac, que é comercializada no Brasil com o nome CoronaVac. A autorização irá agilizar as campanhas de vacinação principalmente em países pobres.

Frascos da vacina Sinovac no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, em 24 de fevereiro de 2021.
Frascos da vacina Sinovac no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, em 24 de fevereiro de 2021. AP - Sakchai Lalit
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Este é o segundo imunizante chinês aprovado pela OMS. O comitê de especialistas em vacinas da agência da ONU recomenda a CoronaVac, que requer duas doses com intervalo de duas a quatro semanas, para pessoas com 18 anos de idade ou mais, informou um comunicado à imprensa.

A vacina da Sinovac já é aplicada em 22 países e territórios, segundo dados coletados pela AFP. Além da China e do Brasil, ela é usada na Tunísia, Chile, Indonésia, México, Tailândia e Turquia, entre outros.

A eficácia da CoronaVac para prevenir os casos de Covid-19 sintomáticos é de 57%, mas evita em 100% os casos graves e hospitalizações nas populações estudadas. Sua ação em maiores de 60 anos não foi avaliada, informou a OMS.

O imunizante, baseado em um vírus inativo, "é fácil de armazenar, o que facilita a administração e faz com que esteja especialmente adaptado aos países com poucos recursos", destacou a agência da ONU.

Covax

Com a autorização para o uso emergencial da OMS, a CoronaVac poderá integrar partir de agora o dispositivo internacional Covax de distribuição de imunizantes, principalmente em países desfavorecidos.

"O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas anti-Covid-19 para enfrentar as enormes desigualdades em todo o planeta", declarou Mariangela Simão, vice-diretora-geral da OMS encarregada do acesso aos medicamentos e aos produtos de saúde.

Em 7 de maio, a OMS aprovou a vacina da chinesa Sinopharm, fabricada em Pequim. A organização também autorizou o uso dos imunizantes da Moderna, da Pfizer/BioNTech, as duas da AstraZeneca fabricadas na Índia e na Coreia do Sul (embora o produto seja idêntico, a OMS as contabiliza como duas vacinas diferentes na hora de dar sua aprovação) e a da Johnson & Johnson, chamada "Janssen".

O procedimento de análise do uso emergencial ajuda os países que não têm meios para determinar sozinhos a eficácia e a segurança de um medicamento a acessarem mais rapidamente as vacinas. Além disso, ele permite que o sistema Covax possa contar com imunizantes suplementares e ampliar sua oferta.

O Covax foi lançado pela OMS, em parceria com a Aliança Mundial para as Vacinas e a Imunização (Gavi) e a Coalizão para as Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), para distribuir vacinas contra a Covid-19 em países de baixa renda.

(Com RFI e AFP)

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